01/02/2023 - 11:09
A queda de 1,29% no preços dos produtos industriais na porta de fábrica em dezembro de 2022 foi verificada em 15 das 24 atividades pesquisadas no Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tanto os preços da indústria extrativa quanto os preços das indústrias de transformação caíram em dezembro.
Segundo o IBGE, as quatro atividades com maiores quedas no IPP de dezembro foram: indústrias extrativas (-7,21%); refino de petróleo e biocombustíveis (-5,46%); madeira (-2,96%); e outros produtos químicos (-2,79%).
A queda nos preços médios do refino de petróleo e biocombustíveis foi a mais importante, que puxou a deflação no agregado, com impacto negativo de 0,68 ponto porcentual (p.p.) na variação de -1,29% na indústria geral. “Outras atividades que também sobressaíram foram indústrias extrativas (-0,33 p.p. de influência), outros produtos químicos (-0,25 p.p.) e metalurgia (-0,08 p.p.)”, diz a nota do IBGE.
No caso do refino de petróleo e biocombustíveis, a queda de 5,46% foi a terceira mais intensa no ano. Com isso, a atividade viu seus preços subirem 11,06% em 2022, 58,62 p.p. abaixo da forte alta de 2021. “Os quatro produtos que mais influenciaram o resultado mensal foram responsáveis por -5,13 p.p., em -5,46%. Todos tiveram variações negativas e derivam de ‘óleo bruto de petróleo'”, informa a nota do IBGE.
No caso da indústria extrativa, a queda de 7,21% no IPP de dezembro também foi a terceira mais intensa do ano. “O acumulado do ano foi -7,92%, contra 13,83% do ano anterior. Foi o primeiro fechamento de ano negativo desde 2015, quando a variação havia sido de -9,33%”, informou o IBGE.
No acumulado de 2022, a alta de 3,13% no IPP foi verificada em 19 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE. As atividades que fecharam o ano com as maiores variações foram: papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%). Já as principais influências, no o acumulado de 2022, foram refino de petróleo e biocombustíveis (1,23 p.p.), outros produtos químicos (-1,21 p.p.), alimentos (1,20 p.p.) e metalurgia (-0,87 p.p.).