15/06/2022 - 9:55
São Paulo, 15 – A exportação brasileira de carne bovina registrou receita de US$ 1,08 bilhão em maio, o que corresponde a um crescimento de 49,5% em comparação com igual mês de 2021 (US$ 725,2 milhões). Já na comparação com abril, houve desaceleração de 1,7% na receita, que foi de US$ 1,102 bilhão no mês anterior, informa a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Quando se olha o volume, a alta foi de 17,5%, de 149,8 mil toneladas em maio do ano passado para 176 mil toneladas.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a exportação de carne bovina apresentou crescimento de 55,9% em receita em comparação com o mesmo período de 2021. De janeiro a maio desse ano, o faturamento com as vendas chegou a US$ 5,06 bilhões, ante US$ 3,24 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em volume, o aumento foi de 25%, passando de 710 mil toneladas em 2021 para 887,3 mil toneladas até maio desse ano. No mesmo período, o preço médio da proteína cresceu 24,7%, passando de US$ 4,5 mil a tonelada para US$ 5,7 mil por tonelada.
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O presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, disse em nota que “isso mostra que a carne bovina brasileira está sendo cada vez mais valorizada no mercado internacional e que o Brasil está se consolidando como um importante parceiro comercial para os países compradores”.
No acumulado de 2022, o Brasil exportou carne bovina para 130 países, sendo que os principais compradores foram a China, com US$ 2,9 bilhões, alta de 91,3% ante US$ 1,52 bilhão registrados no mesmo período de 2021. O volume cresceu 37,9% e ficou em 437,4 mil toneladas ante 317 mil toneladas.
Na sequência estão os Estados Unidos, com US$ 471 milhões, alta de 88% ante US$ 251 milhões. A alta no volume foi de 109,8%, com 70,9 mil toneladas ante 33,8 mil toneladas. A receita dos embarques para o Egito no período cresceu 345% e ficou em US$ 255,8 milhões ante US$ 57,5 milhões, resultado do crescimento de 286,9% no volume de carne embarcado, que passou de 17,1 mil toneladas para 66,3 mil toneladas.
Os embarques para a União Europeia cresceram 29,4% em receita com US$ 212,8 milhões ante US$ 164,5 milhões, enquanto o volume embarcado aumentou 14,4% e fechou o período com 28,6 mil toneladas ante 25 mil toneladas no acumulado de 2021. Já a receita acumulada dos embarques para o Chile cresceu 2,8% e ficou em US$ 157 milhões ante US$ 152,7 milhões no acumulado do ano anterior.
Na comparação de maio 2021 ante maio de 2022, a China continua na dianteira, com receita de US$ 692,2 milhões, aumento de 101% ante US$ 343,2 milhões de 2021. O volume no período cresceu 42,6% e ficou em 95,9 mil toneladas ante 67,3 mil toneladas. A receita com os embarques para a União Europeia cresceu 56,9%, passando de US$ 30 milhões para US$ 47,2 milhões, com aumento de 33,9% nos embarques, que chegaram a 5,9 mil toneladas ante 4,4 mil toneladas em maio do ano passado.
A receita com as vendas para o Egito no período somou US$ 44,9 milhões, aumento de 356,8% ante US$ 9,8 milhões. O volume embarcado no período cresceu 329,6% e ficou em 11,4 mil toneladas ante 2,65 mil toneladas. Os embarques para a Arábia Saudita também cresceram no período, 71,7% em receita, que ficou em 20,3 milhões ante US$ 11,8 milhões, com volume 42,9% maior, chegando a 3,6 mil toneladas ante 2,5 mil toneladas. Para os Emirados Árabes, a receita teve alta de 6,3% com US$ 18,9 milhões ante US$ 17,8 milhões e volume 1,6% maior, passando de 4,02 mil toneladas para 4,09 mil toneladas.