A receita com a exportação de carne suína do Brasil atingiu um recorde de US$ 341,6 milhões em junho, com alta de 45,2% em relação ao mesmo período do ano passado, informou nesta terça-feira, 08, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

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Os preços mais altos e o volume embarcado — o segundo maior da história — ajudaram na obtenção do novo recorde, afirmou a associação, que representa empresas como a BRF e a JBS.

A ABPA indicou também que o cenário aponta para novos recordes nas exportações de carne suína do Brasil em 2025. No ano passado, o país foi o quarto exportador mundial do produto, atrás de EUA, União Europeia e Canadá, segundo dados da associação.

Ao todo, as exportações brasileiras de carne suína in natura e processada totalizaram 137,1 mil toneladas em junho, avanço de 28% na comparação com o mesmo mês de 2024.

As exportações para as Filipinas, principal destino das exportações brasileiras em junho, dispararam mais de 140%, para 33,8 mil toneladas.

A China importou 15,4 mil toneladas, com uma queda de 6,2% ante junho do ano passado, enquanto o Japão, terceiro maior destino, tomou 12,8 mil toneladas (+27,7%), seguido por Chile, com 11,3 mil toneladas (+55,3%) e Cingapura, com 9,1 mil toneladas (+0,1%), segundo a ABPA.

“Há um aumento em diversos mercados na demanda por carne suína do Brasil, incluindo mercados com elevado valor agregado”, explicou o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota.

No semestre, as exportações acumuladas chegaram a 722 mil toneladas, volume 17,6% superior ao embarcado entre janeiro e junho de 2024.

Em receita, a alta das exportações na primeira metade do ano chegou a US$1,723 bilhão, avanço de 32,6%.

“O comportamento do mercado global projeta resultados ainda mais positivos que as expectativas traçadas pelo setor produtivo em janeiro, indicando novos recordes em volume e receita”, destacou Santin.