Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, têm reunião fechada nesta terça-feira, 17, às 11h, sobre a Eletrobras. O encontro será na pasta da Economia e contará com os presidentes da empresa, Rodrigo Limp, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, além da equipe da Economia que trata de privatizações, incluindo os secretários de Desestatização, Diogo Marc Cord, e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Bruno Westin.

Amanhã, o Tribunal de Contas da União (TCU) terá sessão em que julgará o processo de privatização da companhia. O tribunal analisará a segunda etapa do processo, o que deveria ter ocorrido ainda em abril, mas um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo adiou o julgamento. A expectativa do governo é que a Corte autorize a operação, que precisa sair até agosto para não ser afetada pelos prazos eleitorais.

Petrobras

Embora o objeto da reunião de hoje seja a Eletrobras, os dois ministros podem aproveitar a presença da equipe que lida com o assunto privatização para tratar também de uma eventual venda da Petrobras. Sachsida começou sua gestão à frente da pasta de Minas e Energia anunciando estudos para as privatizações da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA). Os dois pedidos foram entregues a Guedes e o processo dos estudos da PPSA já avançou dentro do Conselho do PPI.

No último domingo, o presidente Jair Bolsonaro disse que Sachsida tem carta branca para decidir sobre Petrobras. Ao ser questionado sobre eventual troca no comando da empresa, Bolsonaro respondeu: “Pergunta para o Adolfo Sachsida”.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, está sob pressão e passa por uma fritura no governo, apenas um mês depois de assumir o cargo. Na última quarta-feira, Bolsonaro resolveu demitir o almirante Bento Albuquerque do comando do Ministério de Minas e Energia, após ter reclamado nas redes sociais do preço do diesel, colocando Sachsida no lugar. Albuquerque foi quem bancou o nome de Coelho para a estatal.

O aumento do preço dos combustíveis tem preocupado o comitê de campanha de Bolsonaro à reeleição e a situação já fez Bolsonaro demitir dois presidentes da petroleira.

“Deixo bem claro: todos os meus ministros, sem exceção, têm carta branca para fazer valer aquilo que acharem melhor para o seu ministério, para melhor atender a população”, disse Bolsonaro, após andar de moto e ir a feiras em Brasília no domingo.