Rio, 11 – A safra recorde de soja e milho já tem resultado numa redução de preços dos grãos e ainda pode levar a uma queda também cotação da proteína animal, afirmou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 302,1 milhões de toneladas em 2023, 39,0 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 14,8%. O resultado é 2,4 milhões de toneladas maior que o previsto no levantamento anterior, de março, uma alta de 0,8%.

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“Nossa safra recorde poderia ser um pouquinho maior, não fossem problemas climáticos no Rio Grande do Sul. Já é o terceiro ano seguido com problema climático no Rio Grande do Sul”, lembrou Guedes.

A produção de soja deve somar um ápice de 149,1 milhões de toneladas, uma elevação de 24,7% em relação ao produzido no ano passado. A produção nacional de milho foi estimada num recorde de 119,9 milhões de toneladas, com crescimento de 8,8% ante 2022.

A lavoura de milho 1ª safra deve somar 27,9 milhões de toneladas, um aumento de 9,8% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 91,9 milhões de toneladas, aumento de 8,5% em relação a 2022.

“Uma coisa que está acontecendo, em virtude da safra recorde, é que os preços dos produtos estão diminuindo (soja e milho). Não só pela safra recorde no Brasil, existe expectativa muito boa para a safra nos Estados Unidos também”, disse Guedes. “É possível que haja redução de custos nessas cadeias (de produção animal), e é possível que haja redução de preço ao consumidor desses produtos”, completou.