O Ministério da Saúde informou neste sábado, 20, da notificação de que dois casos suspeitos de gripe aviária (H5N1) em humanos, foram descartados no Espírito Santo. Dois ainda aguardam resultado laboratorial.

Conforme a pasta informou ao Estadão, nenhum dos 33 funcionários do Parque da Fazendinha, no Espírito Santo, onde foi encontrada uma ave doente, testou positivo. Apenas um deles era considerado caso suspeito, por apresentar sintomas gripais, e estava em observação. Ele testou negativo para todos os alvos testados, segundo o Ministério.

Mesmo não considerados suspeitos, os outros 32 funcionários também foram submetidos a exames. Dois testaram positivo para vírus que já estavam em circulação (Influenza A e Influenza B), mas não para H5N1.

Fora a suspeita no Parque da Fazendinha, outros três pacientes sintomáticos, considerados suspeitos para gripe aviária, foram notificados no Estado. Um deles já foi descartado os outros dois tiveram amostras coletadas e aguardam resultado. Segundo protocolo de vigilância, os pacientes se encontram isolados e são monitorados.

A pasta informou que as amostras foram analisadas pelo laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, após encaminhamento do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Espírito Santo. O Ministério da Saúde diz orientar busca ativa para investigação de todas as pessoas que tiveram contato com os animais.

Conforme mostrou o Estadão, na última segunda, 15, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a detecção dos três primeiros casos do vírus da Influenza Aviária em três aves silvestre no litoral capixaba.

Duas das três aves contaminadas são da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), que foram encontradas nos municípios de Marataízes e em Vitória (bairro Jardim Camburi). O terceiro animal doente é um atobá-pardo (Sula leucogaster), uma ave migratória que se encontrava no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica (Ipram).

“Atualmente o mundo vivencia a maior pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais”, informou o Mapa.

Em entrevista coletiva dada na quinta-feira, 18, o subsecretário de Vigilância em Saúde do Espírito Santo, Orlei Cardoso, já havia informado que 32 casos estavam fora de monitoramento e o paciente que está em investigação estava assintomático. “Dentro de 24 horas, ele poderá ser liberado”, disse. (COLABOROU CAIO POSSATI)