O novo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o agrônomo Sebastião Barbosa, tomou posse do cargo em uma cerimônia no Palácio do Planalto falando sobre as dificuldades que enfrentará nos próximos anos. Barbosa assumiu o cargo pedindo ajuda para o seu principal projeto, que é reorganizar a extensão rural e se aproximar do setor produtivo. Ele quer mais parcerias com organismos como a Confederação Nacional da Agricultura, a Organização das Cooperativas Brasileiras, além de prefeituras, sindicatos e organizações de agricultores, não importa o tamanho dessas entidades. “Eles se somam. Os pequenos agricultores, principalmente os de base familiar, perdem competitividade no acesso à tecnologia, insumos e mercados”, disse Barbosa. Para ele, somente pelo associativismo isso poderá ser superado. Mas o maior desafio será na gestão financeira da Embrapa, com um orçamento de apertadíssimo de R$ 3,9 bilhões para 2019. “Precisamos de mais recursos e entendemos as dificuldades pelas quais o País passa”, afirmou. “Espero contar com mais comprometimento e esforço de todos os empregados, que já mostraram ter experiência, conhecimento e vivência com o setor privado.”

Suínos
Por uma entidade global

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A produção mundial de carne suína deverá alcançar 113 milhões de toneladas em 2018, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A proteína animal mais consumida pelo homem ainda não conta com uma entidade global para o setor. Por enquanto. A Associação Brasileira de Proteína Animal vem articulando com lideranças da Espanha a criação de um organismo nos moldes do Conselho Mundial de Avicultura, presidido pelo americano Jim Summer. O trabalho de trazer os demais países para a causa acontece nos próximo meses. A reunião que pode dar início à nova entidade está marcada para agosto do próximo ano, em São Paulo, durante o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs).

Seguro Rural
CNA entra em cena

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A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) colocou sua equipe de técnicos para desenhar uma série de propostas ao governo. A entidade pede ajustes no Plano Trienal de Seguro Rural 2019/2011, que rege os subsídios federais aos prêmios das apólices. A CNA pede o aumento da cobertura do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e regras mais flexíveis. Como o orçamento de R$ 1,2 bilhão, o que elevaria a cobertura mínima do seguro dos atuais 60% para 65%. E que as culturas de maior risco, como frutas, trigo e milho safrinha, tenham níveis maiores de cobertura.

Armazenagem
A caminho da privatização

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O governo começou o processo de desestatização dos ativos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), presente em 25 Estados, com 167 armazéns e capacidade estática de 2,2 milhões de toneladas de produtos agrícolas. De acordo com o Ministério da Agricultura, o plano é que a estatal cuide apenas do comércio e não de locais físicos. As vendas começam pelos armazéns públicos desativados ou ociosos. No mês passado, a Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg), que foi federalizada no ano 2000, entrou na lista. A Casemg possui 16 unidades, com uma receita de R$ 20 milhões em 2017.

Mundo
Adidos agrícolas tomam posse

O tamanho e a importância do agronegócio brasileiro estão desalinhados com o esforço internacional de assessoria ao setor. Embora exporte para cerca de 170 países, o Brasil possui adidos agrícolas em apenas 14 missões diplomáticas. Os adidos são funcionários fundamentais para dar suporte às negociações internacionais de qualquer espécie. Na tentativa de melhorar esse ambiente, no próximo mês tomam posse sete novos adidos que servirão no Canadá, Colômbia, Egito, Indonésia, Marrocos, China e União Europeia. Os adidos hoje estão na África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Japão, México, Rússia, Tailândia, União Europeia e Vietnã. Até 2020, o plano do governo é ter 25 adidos agrícolas para atender as demandas de cerca de 100 países.