07/04/2025 - 17:36
Nova York, 7 – As redes de cafeterias nos Estados Unidos, já afetadas pela alta nos preços de café decorrente de secas generalizadas em países produtores, agora devem enfrentar também o impacto das tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
As redes dos EUA dependem de café importado, e apenas 10,5% desse volume vem do México e do Canadá – países cobertos pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que isenta muitos desses produtos de tarifas, segundo o banco de investimento T.D. Cowen. Já grandes produtores como Brasil e Vietnã enfrentam tarifas mais elevadas.
Bob Fish, cofundador da rede de cafeterias Biggby Coffee, com sede em Michigan, afirmou que nove carregamentos de café vindos da Nicarágua para abastecer suas lojas poderão agora ser taxados em 18%. “Essa tarifa de 18% será devastadora”, afirmou.
As ações da Starbucks, maior rede de cafeterias do mundo, caíram 20% desde o fechamento do mercado na quarta-feira passada, após o anúncio de tarifas recíprocas por Trump.
A Starbucks compra grãos do tipo arábica, cultivados principalmente no Brasil e na Colômbia. Produtos dos dois países serão taxados em 10% pelos EUA. A empresa afirmou que está comprometida em não repassar o aumento nos preços aos consumidores neste ano.
Os EUA também anunciaram tarifa de 46% sobre bens do Vietnã, o maior produtor mundial da variedade robusta. Fonte: Dow Jones Newswires.