Servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) decidiram na quarta-feira, 10, pelo fim do estado de greve e início da paralisação efetiva da categoria a partir do próximo dia 29. Se for mesmo realizada, será a primeira greve de funcionários públicos do terceiro mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A votação para o indicativo de greve foi expressiva, de acordo com dados do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), com 82,80% dos votos pela paralisação, 15,05% contra e 2,15% de abstenção. A data, no entanto, ainda poderá ser alterada.

Na quarta-feira da semana que vem, 17, haverá o Dia Nacional de Protesto, também definido ontem por 96,47% dos participantes. A ideia é preparar mobilizações em todos os Estados e no Distrito Federal.

Em Brasília, está prevista uma mobilização em frente ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

O Sinagências alega que não há quadro de pessoal suficiente para desempenhar as atividades da ANM e que os salários da agência são inferiores aos das demais.

O sindicato também informou que enviou ofício à Presidência da República, à Casa Civil e aos ministérios envolvidos, mas que não foi recebido.