O primeiro semestre do ano confirmou as expectativas do setor de agroquímicos quanto à diminuição da comercialização dos produtos. Comparado ao mesmo período de 2014, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal – Sindiveg -, as vendas caíram 25% entre janeiro e junho.

Os principais motivos apontados foram as altas temperaturas e seca prolongada, que reduziram significativamente a infestação de pragas, a alta do dólar e o número elevado de produtos em estoque nos canais de distribuição.

“Sem necessidade de aplicação no campo, o agricultor não investe em tecnologia e os canais não precisam reabastecer seus estabelecimentos”, comenta Silvia Fagnani, vice-presidente executiva do Sindiveg. “A dificuldade de acesso ao crédito persiste e motiva o agricultor a esperar o momento certo para comprar”, completa a executiva.

Mediante esse cenário, a expectativa já divulgada pelo Sindiveg de um ano flat, ou seja, com crescimento modesto, passa a ser de um ano de ajuste na indústria e com queda de vendas, basicamente devido a câmbio, estoques, menor nível de infestação, credito que chega ainda de forma lenta no mercado e também ao produtor se adequando a preços de soja bem menores se comparados a 2014. “Consideramos que 2015 será um ano de ajuste”, finaliza Fagnani. Fonte: Ascom/Sindiveg.