O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) voltou a apresentar superávit primário em setembro, após o resultado negativo em agosto (-R$ 30,279 bilhões) informou nesta segunda-feira, 31, o Banco Central. O superávit primário em setembro foi de R$ 10,746 bilhões, ficando um pouco abaixo do resultado do nono mês de 2021, positivo em R$ 12,933 bilhões.

O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.

Composição

O resultado fiscal positivo de setembro foi guiado pelo superávit de R$ 11,113 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS).

Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 321 milhões no mês.

Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 3,253 bilhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 2,932 bilhões. As empresas estatais registraram dado deficitário de R$ 688 milhões.

Acumulado em 12 meses

As contas do setor público registraram superávit primário de R$ 181,358 em 12 meses até setembro, informou o Banco Central. O resultado é equivalente a 1,93% do Produto Interno Bruto (PIB). As contas consolidadas estão no azul em 12 meses desde novembro de 2021. Até agosto, o resultado primário consolidado era superavitário em R$ 183,546 bilhões.

O resultado fiscal positivo nos 12 meses encerrados em setembro é composto por um superávit de R$ 81,577 bilhões do Governo Central (0,87% do PIB).

Já os governos regionais apresentaram um saldo positivo de R$ 96,670 bilhões (1,03% do PIB) no período. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 57,034 bilhões, os municípios apresentaram dado positivo de R$ 39,636 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 3,111 bilhões em 12 meses até setembro.