A candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, defendeu nesta quinta-feira, 25, a manutenção do teto de gastos e disse que “é a única âncora fiscal que sobrou”. No entanto, a emedebista ponderou que talvez seja necessário flexibilizar e atualizar a âncora fiscal criada no governo do seu correligionário, Michel Temer.

“Se não fosse o teto, que ainda existe – mas furado, verdadeira cratera, com caminhão passando por cima e furando ainda mais essa estrada – o Orçamento Secreto não seria só R$ 16, 17, 19 bilhões, seria muito mais que isso. Ele (teto) é a única âncora que ficou. Ele pode ser aprimorado? Sim. Mas é a âncora que nós temos”, disse a senadora ao participar de sabatina promovida pelos jornais Valor Econômico e O Globo, e pela rádio CBN.

Simone Tebet afirmou que pode até se “dar outro nome” ou haver a necessidade de colocar algumas situações e cláusulas condicionantes no teto. “Se houver um pedido de shutdown, ou seja, da máquina paralisar, você cria fontes. Para o ano que vem, vai ter que flexibilizar um pouco esse poder de manobra”.

Desestatização

Constantemente se posicionando contra a privatização da Petrobras, a candidata à Presidência pelo MDB defendeu na sabatina moderação nas desestatizações, dizendo que não quer “privatizar por privatizar” as empresas públicas.

“O Brasil está precisando de posicionamentos centrados, não é 8 ou 80, não é ser totalmente a favor de todas as privatizações ou ser estatizante”, disse “Eu sou liberal na economia, mas não sou nem fiscalista sem alma, como disse outro dia Elena Landau, nem muito menos me aproximo desse pseudo-liberalismo do atual ministro da Economia”, completou a candidata, citando a responsável pela área econômica de seu plano de governo.