18/08/2022 - 13:21
O Space Launch System (SLS), foguete desenvolvido pela Nasa para o programa Artemis, chegou à sua plataforma de lançamento nesta quarta-feira, 17, a menos de duas semanas de seu voo de estreia com destino à Lua. A chegada do foguete de quase cem metros atraiu multidões de trabalhadores do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral – muitos deles não eram nem nascidos quando a agência espacial americana enviou astronautas para o satélite natural da Terra há meio século. A Nasa está planejando uma decolagem em 29 de agosto para testar o voo da missão.
Ninguém estará dentro da cápsula da tripulação no topo do foguete, apenas três manequins equipados com sensores para medir radiação e vibração. A cápsula voará ao redor da lua por algumas semanas, antes de voltar para um mergulho no Oceano Pacífico. O processo inteiro deve durar seis semanas e é o primeiro voo à Lua do programa Artemis, que busca estabelecer presença humana permanente no satélite natural.
A agência espacial planeja um lançamento tripulado em dois anos e o pouso de astronautas na Lua em 2025. Isso é muito mais tarde do que as previsões de quando o programa foi criado, há mais de uma década. Os anos de atrasos adicionaram bilhões de dólares ao custo. “Agora, pela primeira vez desde 1972, vamos lançar um foguete projetado para o espaço profundo”, disse o gerente do programa de foguetes da Nasa, John Honeycutt.
O novo foguete lunar SLS é 12 metros mais curto do que os foguetes Saturn V usados durante a missão Apollo meio século atrás. Mas é mais poderoso e conta com um palco central e reforços duplos, semelhantes aos usados para os ônibus espaciais. “Quando você olha para o foguete, ele parece retrô. Parece que estamos olhando para o Saturn V, mas é algo totalmente diferente, novo, altamente sofisticado”, afirmou o administrador da Nasa, Bill Nelson, no início do mês.
Vinte e quatro astronautas voaram para a Lua durante a Apollo e 12 deles realizaram pousos entre 1969 e 1972. A Nasa quer uma equipe mais diversificada na missão Artemis, batizada em homenagem à irmã gêmea mitológica de Apollo. “Quero ressaltar que este é um voo de teste”, disse Nelson. “É apenas o começo”.
Esta é a terceira vez que o foguete se encontra na plataforma de lançamento. Um teste de contagem regressiva em abril foi prejudicado por vazamentos de combustível e outros problemas com equipamentos, que forçaram a Nasa a enviá-lo de volta para reparos. O processo foi repetido em junho, com melhores resultados. Fonte: Associated Press.