Quem já passou pela experiência de ter seu maquinário roubado ou ficou impossibilitado de utilizar algum equipamento por conta de acidentes ocorridos na fazenda, sabe quanto isso pode gerar de dor de cabeça. além do prejuízo com a perda do bem material, a falta desses equipamentos pode comprometer toda a produção. de olho nesse velho problema e seguindo os passos de empresas como Porto Seguro, allianz, Mapfre, nobre, entre outras grandes do setor que lançaram produtos voltados para o público rural, a companhia japonesa Tokio Marine, lançou um seguro voltado para a proteção de máquinas agrícolas, com foco no pequeno produtor. o plano é fincar bandeira no campo e com isso aumentar sua participação no mercado brasileiro. “Trata-se de um produto direcionado para produtores que têm duas ou três máquinas, que usam mão de tobra familiar e que precisam proteger o seu patrimônio”, conta o gerente de produtos da Tokio Marine, rené leitão.

O modelo de seguro prevê proteção quanto a roubos, furtos e danos causados por acidente a que tratores, colheitadeiras e implementos estão sujeitos. “Temos uma cobertura chamada danos de causas externas, roubo ou furto, que dá uma amplitude grande de cobertura de problemas decorrentes de incêndios, raios, explosões, colisões, etc.”, pondera o gerente. O limite máximo de valor dos equipamentos segurados é de R$ 850 mil por máquina. “Existe a possibilidade de fazer seguros para equipamentos mais caros, mas esses casos são estudados individualmente. até porque o valor que trabalhamos cobre cerca de 95% dos equipamentos disponíveis no Brasil.”

A entrada da empresa, que atua há 30 anos no mercado brasileiro, na área agrícola faz parte de um plano de expansão, iniciado com a compra da real Seguros, em 2005. “antes éramos mais focados em seguros corporativos e planos de saúde. Com a compra da real Seguros, passamos a atuar mais em varejo, com seguros de veículos, e agora queremos crescer dentro do agronegócio”, revela o executivo, que já projeta fechar o ano com R$ 8 milhões em negócios no segmento rural. Para alcançar esse resultado, a empresa apostou em um produto que pretende atender às diversas peculiariedades da atividade rural. um exemplo disso está no pagamento de aluguel a terceiros. esse mecanismo prevê o pagamento de aluguel de equipamentos, caso o produtor sofra um sinistro que indisponibilize o uso de seu maquinário em momentos cruciais da produção, como a colheita ou o plantio. “Com isso, o produtor garante sua lavoura”, explica Leitão.

Além disso, o seguro também cobre sinistros que ocorram enquanto outros membros da família do segurado estiverem utilizando o maquinário. “notamos que na agricultura familiar existe um certo grau de informalidade e que muitas vezes os equipamentos são compartilhados por vários membros da família. no nosso modelo, se ocorrer algum sinistro com parente direto, ele estará coberto”, pondera leitão, que acredita que as regiões com maior demanda para esse tipo de seguro sejam Minas Gerais, o interior de São Paulo, rio Grande do Sul e Centro-oeste. “o Brasil possui grande extensão agrícola em todo o território, mas essas regiões são as que mais concentram a atividade com o perfil do nosso seguro e onde esperamos o maior crescimento”, finaliza.