Ex-governador de São Paulo e atual integrante do GT de Cidades na transição, Márcio França afirmou nesta quarta-feira, 30, que o grupo fará uma série de sugestões para o programa habitacional do governo federal, que voltará a ser Minha Casa Minha Vida (MCMV). Segundo ele, uma das propostas aponta a necessidade de aproximação dos conjuntos habitacionais aos centros urbanos. “Delegar escolha de terrenos para locais distantes nem sempre é vantajoso. Queremos aproximar, as vezes é melhor subsidiar para isso do que depois subsidiar transporte”, disse França a jornalistas.

O ex-governador fez críticas ao governo Bolsonaro apontando para uma falta de resultados do Casa Verde e Amarela, que substituiu o MCMV.

O programa e as restrições orçamentárias praticamente inviabilizaram contratações da faixa 1, que atendia famílias com salário de até R$ 1,8 mil. França reforçou que o objetivo do governo Lula será de retomar o foco do faixa 1 a 1,5.

“Atualmente só entra recurso para quem se enquadra no faixa 1,5 pra frente”, disse o ex-governador, para quem é necessário ainda possibilitar a entrada de pessoas no programa que não têm renda confirmada.

Para essa parcela, França avaliou que o aluguel social pode ser uma boa solução. “Especialmente para morador que não tem documentação”, afirmou.

Segundo ele, o GT também irá sugerir ao governo de transição a criação de uma secretarial especial de áreas não regularizadas, para que esse segmento tenha uma atenção especial no futuro ministério, junto de saneamento, habitação e mobilidade. “Aí agrega esse assunto”, afirmou.