11/01/2013 - 16:58
O ano de 2013 começa sob o signo do otimismo para o setor de carne suína no Brasil, de acordo com avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), Pedro de Camargo Neto. “Iniciamos 2013 com o pé direito. Esperamos um bom ano, melhor que 2012, sem a forte crise que atravessamos no meio do ano passado”.
Em relação às exportações, o Brasil fechou o ano com 581,5 mil toneladas de carne suína vendida por US$ 1,49 bilhão, um crescimento de 12,60%, em volume e 4,21% em valor em relação a 2011. O preço médio, de US$ 2.571, em 2012, sofreu uma retração de 7,45%, na comparação com 2011 (US$ 2.778).
Para 2013, as perspectivas e os preços do mercado interno e externo estão firmes. “Não esperamos grande crescimento das exportações ou de consumo interno, talvez um crescimento no mesmo nível do ano passado, de 12,60%, em toneladas, nas vendas externas. Acreditamos, porém, em preços médios superiores, não só devido à recuperação das cotações em nível internacional, mas também em função de acesso a mercados externos que pagam mais. Queremos ver maiores volumes para a China continental do que para Hong Kong, mais vendas para a Rússia do que para a Ucrânia”, diz Pedro de Camargo Neto.
Segundo o presidente da ABIPECS, todos os concorrentes do Brasil nos mercados externos – países europeus, EUA e Canadá – sofreram muito, também, com a alta dos insumos, quer seja milho ou farelos. Estão todos realizando ajustes de produção e se sentem obrigados a forçar aumentos de preço. “Também do lado cambial não sofremos mais com aquela situação difícil de câmbio irreal, de R$ 1,70 por dólar (início de março), em comparação a cerca de R$ 2,05 por dólar, hoje”, diz Camargo Neto.
Em relação à abertura de mercados, os processos internacionais caminham, mas lentamente. “Acreditamos ser possível concluir a habilitação para vender ao Japão ainda no primeiro trimestre. As questões técnicas estão concluídas e o que falta agora é finalizar os trâmites burocráticos, que sofreram pequeno atraso com a mudança de governo no Japão”, diz Camargo Neto.
A ABIPECS acredita que o embargo, promovido pela autoridade sanitária da Rússia, ao Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, será equacionado com as reuniões entre o secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Enio Marques Pereira, e o diretor da Rosselkhoznadzor, Sergey Dankvert, em Berlim, durante a Semana Verde Internacional, na próxima semana.
Em 2012, o principal mercado para a carne suína brasileira foi Ucrânia, com 138,6 mil toneladas, crescimento de 124,71% em relação a 2011. O segundo cliente foi Rússia: 127 mil/t, aumento de 0,5%. O terceiro comprador foi Hong Kong, com 124,7 mil/t, queda de 3,88% em relação a 2011. Em quarto lugar, Angola, com 45,5 mil/t, crescimento de 20,65%. Argentina foi o quinto importador, com 23,4 mil/t, queda de 44,36% na comparação com 2011. A China importou 3 mil toneladas em 2012 e 25 toneladas em 2011.
Confira os Estados que mais exportaram e os destinos
Maiores exportadores
1) Santa Catarina (207.772 t)
2) Rio Grande do Sul (174.245 t)
3) Goiás (71.477 t)
4) Paraná (54.469 t)
5) Minas Gerais (41.527 t)
6) Mato Grosso do Sul (17.470 t)
7) Mato Grosso (11.787 t)
8) São Paulo (2.730 t)
Principais destinos:
1) Ucrânia (138.666 t (23,85%)
2) Rússia – 127.070 t (21,85%)
3) Hong Kong – 124.701 t (21,45%)
4) Angola – 45.534 t (7,83%)
5) Cingapura – 28.171 t (4,84%)
6) Argentina – 23.386 t (4,02%)
7) Uruguai – 20.639 t (3,55%)
8) República da Geórgia – 9.907 t (1,70%)
9) Haiti – 6.606 t (1,14%)
10) Venezuela – 6.553 t (1,13%)
