04/12/2025 - 12:16
O Brasil deve fechar 2025 com um grande salto nas exportações de ovos em relação ao ano anterior, alta superior a 150% em volume e 180% em receita. Números expressivos são puxados pelos sobretudo pelos Estados Unidos que importou grandes volumes no início do ano, mas após as tarifas impostas por Trump as exportações apresentam forte queda mês a mês.
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Entre janeiro e outubro, o Brasil embarcou 36,7 mil toneladas de ovos, contra 14,6 mil toneladas no mesmo período de 2024. Em valor, a receita passou de US$ 31 milhões para cerca de US$ 86,9 milhões, impulsionada principalmente pela demanda dos Estados Unidos, que responderam por mais da metade (cerca de 53%) do volume exportado no ano.
Em maio, pico da Gripe Aviária nos Estados Unidos, o Brasil embarcou 4. 166 toneladas para lá. Em outubro, dado mais recente divulgado pela Associação Brasileira de Proteína Animal, os envios caíram drasticamente para modestas 41 toneladas.
O presidente da ABPA disse nesta quarta-feira, 4, em coletiva à imprensa que espera que as tarifas sejam retiradas quanto antes e volte a viabilizar o mercado americano para os exportadores brasileiros.
“Estamos mantendo contatos constantes com o governo para avançar nas negociações. Já houve avanços importantes, como a recuperação do café e do suco de laranja, mas ainda temos quase 40% da pauta de exportação do Brasil para os Estados Unidos sob influência de tarifas de 40% ou mais. Precisamos que esse cenário melhore.”
Mesmo após as tarifas que praticamente zeraram os embarques desde julho, o Brasil manteve média próxima de 1,7 mil toneladas por mês direcionadas a outros mercados como Japão, México, Emirados Árabes Unidos, Angola, União Europeia.
Os destinos em 2025:
EUA: 19.556
Japão: 3.863
Chile: 3.711
México: 2.725
EAU: 2.345
Angola: 939
Uruguai: 706
Serra Leoa: 473
Equador: 324
União Europeia: 255
Outros: 1.847
Em termos de produção, a ABPA projeta que o país fechará o ano com até 62,25 bilhões de unidades de ovos, frente a 57,68 bilhões em 2024 – crescimento de cerca de 7,9%. Para o próximo ano, a estimativa é chegar a 66,5 bilhões de unidades, mantendo ritmo de expansão próximo a 6% ao ano.
