Foi encerrada às 12h21 (de Brasília) desta terça-feira, 2, a primeira parte da reunião de análise de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Ela havia começado às 10h13.

Essa sessão da reunião, em que o grupo revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic, se estende pela tarde desta terça e pela manhã da quarta-feira, 3. Na quarta à tarde, ocorre a segunda parte do encontro, quando o colegiado define o nível da Selic, que é anunciado a partir de 18h30.

Os 44 analistas de mercado ouvidos pelo Projeções Broadcast na última semana preveem de forma unânime manutenção da Selic em 13,75% nesta reunião. Apesar da pressão do governo pela redução da taxa, a autoridade monetária continua indicando que as condições para a diminuição dos juros ainda não estão postas e que é preciso ver uma queda mais consistente da inflação e das expectativas de inflação.

A partir deste Copom, o BC deve mirar somente o ano de 2024 em sua estratégia de convergência da inflação à meta. A deterioração de expectativas para esse horizonte e para prazos mais longos foi estancada nas últimas semanas, mas as projeções já superam bastante as metas estabelecidas. O BC já descumpriu seu mandato de controle de preços em 2021 e 2022 e vai pelo mesmo caminho para 2023, conforme a estimativa mediana do Boletim Focus.

Segundo a pesquisa do Projeções Broadcast, a maioria das instituições consultadas (74%) prevê início dos ciclo de cortes da Selic ainda em 2023. Seis de 42 casas (14%) projetam redução da taxa no segundo trimestre deste ano, 19 (45%) no terceiro e seis (14%) no quarto. Outras onze instituições esperam cortes só em 2024: nove (21%) no primeiro trimestre do ano e seis no segundo (6%).

No Boletim Focus, a expectativa mediana é de início de cortes em setembro, com a taxa terminando 2023 em 12,50%.