Terminou às 12h12 desta terça-feira, 25, a primeira parte da reunião de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deste mês. A discussão havia começado às 10h15.

A reunião ainda tem outra sessão na tarde de hoje e mais uma amanhã pela manhã. Na sequência, à tarde, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da instituição têm mais uma rodada de discussões antes de anunciarem a decisão sobre a Selic.

No último encontro, em setembro, o colegiado manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, decretando o fim do mais longo ciclo de alta de juros de sua história. Para esta reunião, é unânime a projeção de estabilidade dos juros básicos da economia em 13,75% entre os 59 participantes da pesquisa do Projeções Broadcast.

No Copom de setembro, o BC indicou a manutenção da Selic por “período suficientemente prolongado” para alcançar a convergência da inflação para a meta, mas alertou que, caso a desinflação não ocorra como o esperado, pode voltar a subir os juros.

Depois, os membros do Copom sinalizaram que o BC estava confortável com o cenário que a Focus exibe para a Selic. “Usando a curva do Focus com corte em junho, mostramos que a gente atinge nossos objetivos”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na coletiva do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em referência à convergência para a meta em 2024.

Campos Neto evitou, porém, dizer quão “suficientemente prolongada” deve ser a manutenção da Selic em níveis elevados para que se chegue às metas de inflação.

No Copom desta semana, os anos de 2023 e 2024 devem passar a ter o mesmo peso para o colegiado. Até setembro, 2024 tinha menor grau, mas o BC escolheu dar ênfase ao horizonte de 12 meses até o primeiro trimestre do ano em questão.

Atualmente, as projeções do Relatório de Mercado Focus para o IPCA – índice de inflação oficial – são de 5,60% em 2022 e 4,94% em 2023, ambas acima do teto da meta. Para 2024, está em 3,50%, superando o alvo central (3,00%), mas aquém do limite máximo de 4,50%.

Os juros básicos atualmente estão no mesmo nível da taxa que vigorou de dezembro de 2016 a janeiro de 2017. O ciclo de alta encerrado em setembro teve 12 aumentos consecutivos a partir da mínima histórica de 2%, alcançada em meio aos efeitos drásticos da pandemia de covid-19.