14/09/2021 - 11:37
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse que o município não exigirá mais a assinatura de um termo de consentimento para quem receber doses de vacinas contra a covid-19 de marcas diferentes. A declaração foi dada em entrevista à rádio Eldorado na manhã desta terça-feira, 14. Por falta de vacinas, a cidade está aplicando a segunda dose da Pfizer em quem recebeu a primeira da AstraZeneca.
Aparecido diz que o termo leva tempo para ser preenchido e assinado, atrasando a vacinação. “As pessoas já têm um conhecimento muito amplo a respeito da falta de AstraZeneca e do sucesso do intercâmbio de vacinas”, afirma. A “mistura” de vacinas de marcas diferentes é uma estratégia segura e eficaz, segundo especialistas.
De acordo com o secretário, a ordem para preencher e assinar o termo constava em um instrutivo do governo do Estado publicado no último sábado. “Hoje (terça) pela manhã nós recebemos um novo instrutivo tornando esse termo facultativo. Não é mais obrigatório”, afirma.
Na tarde de segunda-feira, 13, a Secretaria Estadual de Saúde tinha dito em nota ao Estadão que o documento não seria de preenchimento obrigatório. O Estado afirmou também que o objetivo do documento é informar ao cidadão sobre a estratégia de imunização com vacinas diferentes.
O desabastecimento da vacina da AstraZeneca em São Paulo começou na última quinta-feira. Na sexta, o imunizante já havia sumido dos postos da capital. Outras unidades da federação, como Maranhão, Pernambuco e Rio de Janeiro, sofrem com o mesmo problema.
A falta de doses levou esses Estados a adotar o esquema heterólogo de vacinação. Nas cidades em que não há mais AstraZeneca, a imunização pode ser completada com a Pfizer. Em São Paulo, a medida vale para quem precisa receber a segunda dose até esta quarta-feira.