O número de pessoas físicas com investimentos em renda variável na Bolsa brasileira chegou a 4,6 milhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total estava em 3,3 milhões. Em comparação com o segundo trimestre de 2022, houve um acréscimo de 200 mil investidores. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 21 pela B3.

Na renda fixa, o total de investidores subiu de 9,6 milhões no terceiro trimestre de 2021 para 12,6 milhões no mesmo período deste ano. O número de pessoas físicas com aplicações no Tesouro Direto chegou a 2,1 milhões, um aumento de 25% sobre o terceiro trimestre do ano passado. Em agosto, a taxa Selic chegou ao patamar atual de 13,75% ao ano.

De acordo com a B3, das 106 mil pessoas que começaram a investir em renda variável em setembro de 2022, 31% fizeram aplicações de até R$ 40,00, e 29% de R$ 40,00 a R$ 200,00. Segundo a Bolsa, os dados mostram que os brasileiros estão descobrindo que é possível começar a investir com tíquetes médios baixos e procuram novas opções.

Mesmo com o aumento da taxa básica de juros, o volume de investidores em ações chegou a 3,3 milhões no final de setembro. O valor médio investido caiu pela metade, de R$ 6 mil em 2021 para R$ 3 mil em 2022. Na avaliação da B3, o desempenho indica que a bolsa brasileira está cada vez mais democrática. Pessoas físicas representam 16% de tudo o que é negociado no mercado à vista em bolsa no País.

“Os números mostram que o brasileiro continua buscando oportunidades e diversificação de investimentos, seja em produtos de Bolsa ou de renda fixa”, disse Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, em comunicado à imprensa.

Eleições

A B3 fez também um levantamento da movimentação de investidores em outubro, mês das eleições que foi marcado por volatilidade. O volume médio de negócios por dia foi de R$ 9,2 bilhões, um crescimento de 18% em relação aos R$ 7,8 bilhões de média diária do terceiro trimestre. As ações foram os itens mais negociados, com 20% de aumento no volume médio por dia, seguidas de ETFs, ou fundos de índices, com avanço de 17%.

O total de ativos de renda variável em custódia cresceu R$ 11 bilhões de setembro para outubro e alcançou R$ 504 bilhões.

Na renda fixa, o número de investidores aumentou em 100 mil no mês passado e o total em custódia na B3 teve um acréscimo de R$ 30 bilhões, chegando a R$ 1,485 trilhão. O Tesouro Direto bateu em R$ 100 bilhões em custódia, valor próximo à marca histórica para este tipo de papel.