A Bayer, fabricante alemã de produtos farmacêuticos e agroquímicos, informou que um júri do Missouri, nos Estados Unidos, concluiu que seu herbicida Roundup não é a causa do câncer de Allan Shelton, homem de 34 anos residente do Kansas que afirmou ter contraído linfoma não-Hodgkin depois do uso do produto.

“O veredicto do júri a favor da empresa leva este julgamento a uma conclusão bem-sucedida e é consistente com a evidência neste caso de que o Roundup não causa câncer e não foi a causa do câncer do Sr. Shelton”, disse a Bayer.

A decisão marca a terceira vitória em julgamentos sobre o glifosato, ingrediente-base do Roundup. A empresa já perdeu outros três casos sob as mesmas alegações e aguarda decisões sobre os recursos pedidos.

A dinâmica do litígio está em linha com as expectativas, disseram analistas do banco UBS em nota. Até agora, a empresa alemã reservou provisões de US$ 9,8 bilhões e mais US$ 6,5 bilhões adicionais para casos futuros.

Essas disposições parecem adequadas e não dependem de um resultado positivo da Suprema Corte, dizem os analistas. “Não estamos argumentando que o litígio do glifosato desaparecerá rapidamente como um tópico, mas achamos que há um processo em andamento que é aceitável”, afirmou o banco.