30/05/2025 - 9:22
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 1,4% no 1º trimestre de 2025, na comparação com os últimos três meses de 2024o ano anterior, impulsionado pela agropecuária, segundo divulgou nesta sexta-feira, 30, o IBGE. Em valores correntes, forem gerados R$ 3 trilhões.
Frente ao primeiro trimestre de 2024, o crescimento foi de 2,9%. No acumulado em 12 meses, o PIB registrou expansão de 3,5%.
“As altas na Agropecuária (12,2%) e nos Serviços (0,3%) contribuíram para o crescimento. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade”, informou o IBGE.
+ Fazenda aumenta para 2,4% estimativa para o PIB este ano
Agropecuária
A Agropecuária cresceu 10,2% em relação a igual período de 2024, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade.
No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em maio pelo IBGE, entre os produtos com safra no 1º trimestre e crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).

Resultado em linha com a previsão de analistas
O resultado ficou em linha com a expectativa dos analistas e representa uma forte aceleração frente ao 4º trimestre de 2024, quando a economia do país cresceu apenas 0,1%, segundo dados revisados. Veja abaixo a evolução:
O PIB é o resultado da soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir o desempenho e a evolução da economia. Medido pelo IBGE no Brasil, ele é divulgado a cada três meses.
Consumo das família segue forte
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias se manteve como o principal motor do PIB. A despesa de consumo das famílias cresceu 1%. Os investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo tiveram alta de 3,1%, enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.
No setor externo, tanto as Exportações de Bens e Serviços (2,9%) quanto as Importações de Bens e Serviços (5,9%) cresceram, ambas em relação ao quarto trimestre de 2024.
A taxa de investimento ficou em 17,8% do PIB no 1º trimestre, acima dos 16,7% do primeiro trimestre de 2024. Já a taxa de poupança foi de 16,3%, superando os 15,5% do mesmo trimestre de 2024.
Perspectivas para para o ano
Analistas esperam uma desaceleração do crescimento econômico ao longo deste ano, em meio a uma taxa de juros elevada e inflação persistente, o que afeta o consumo. No entanto, a força do setor agrícola deve ajudar a atividade no início do ano e sustentar o PIB. Pairam ainda as incertezas em torno da política tarifária dos Estados Unidos.
Ainda assim, e apesar dos juros em patamares elevados, tanto governo como o mercado revisaram suas expectativas para a atividade econômica em 2025. A SPE passou para 2,4% sua projeção do PIB para este ano, levemente acima dos 2,3% projetados em março.
No mais recente Boletim Focus, elaborado pelo Banca Central a partir de levantamento com agentes do mercado financeiro, também houve uma revisão para cima, com o PIB de 2025 agora previsto em alta de 2,14%, ante 2,02% na semana anterior.