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Carlos Pimenta, atualmente CEO da Edafo Pec, empresa que tem a instigante missão de integrar a pecuária de corte ao mercado de capitais, ganhou um dos maiores presentes de sua vida quando tinha apenas 7 anos: foi naquela idade que seu pai o chamou pela primeira vez para acompanhá-lo em suas famosas pescarias. Desde então, pai e filho passaram a compartilhar muito mais do que o mesmo nome. Passaram a viver juntos a experiência da pesca esportiva. Agora, o hobby ganha um representante da terceira geração. O pequeno Cadu, que não por coincidência também tem sete anos, se juntou aos dois em uma atividade que requer paciência e respeito pela natureza. Afinal, nessa modalidade, o luxo está na conquista e na devolução do troféu ao seu habitat. “Na pesca esportiva, em hipótese alguma você consome o peixe”, afirmou o executivo. Para Pimenta, o da segunda geração, pescar funciona como um escape da vida atribulada de São Paulo, servindo como terapia e volta às suas raízes. Entre os destinos preferidos, estão o Pantanal e a Amazônia. Escolha nada difícil de entender diante das paisagens idílicas dos dois biomas brasileiros e da enorme biodiversidade escondida sob as águas. Na Amazônia, o peixe mais cobiçado é o Tucunaré-açu que, apesar de não ser muito grande, pesa em torno de 12kg e requer habilidade do pescador para puxá-lo com anzol. No Pantanal, a destreza para conquistar um dourado ou um pintado é outra. “Eu jogo a vara, sento e espero”, afirmou o executivo agora com seu chapéu de pescador. No fim a recompensa pode vir, ou não. E tudo bem, faz parte do processo.

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EXPERIÊNCIA O prazer da pesca esportiva é também uma oportunidade de fortalecer vínculos com a família e com amigos em uma jornada que pode ser recheada de requintes. A experiência dos três Carlos é um bom exemplo. Para chegar ao barco de aproximadamente 55 pés que espera o grupo de pescadores no meio do Rio Alegria, um subafluente do Rio Negro em plena Floresta Amazônica, um hidroavião com capacidade de dez pessoas, incluindo piloto e copiloto, é o transporte ideal. Sem estradas perto, a aeronave pousa ao lado da embarcação onde 12 tripulantes já estão a postos com tudo o que os convidados têm direito: conforto de hotel, drinks e um cardápio digno de melhores restaurantes — mas sem contar com a pesca do dia. Quatro embarcações de apoio completam a infraestrutura.

Para carlos pimenta, a pesca é uma forma de terapia em contato com a natureza para quem quer fugir do caos da cidade grande (Crédito:Divulgação)

Dentro do barco, equipamentos de primeira. O pescador profissional Johnny Hoffmann disse à RURAL que para a pesca de Tucunaré é preciso carretilhas de perfil baixo, alta velocidade, bom sistema de freio e recolhimento de linha. Modelos das marcas Marine, Daiwan e Shimano estão no Top 3 da lista de Hoffmann, tanto pelas varas como pelas carretilhas. Mas ele avisa, “o equipamento depende muito das espécies que o pescador quer pescar”. É mais um detalhe que faz do esporte uma experiência imersiva para principiantes e também para experts profissionais e amadores já que a tecnologia evolui constantemente.

Os amadores, por sinal, têm se rendido mais e mais aos encantos do esporte. De olho neste mercado, começam a surgir empresas especializadas em oferecer experiências para quem quer testar a modalidade, antes de fazer um investimento em uma estrutura própria, cujo valor despendido depende muito do padrão do barco e dos equipamentos escolhidos. Um exemplo de embarcação alternativa, e nem por isso menos luxuosa, é o Peralta Cruise, um barco construído pelo empreendedor Eloy Pennachin que, apaixonado pela natureza, trouxe para o Pantanal a convicção de que não há limites para os seus sonhos: no seu caso fomentar o ecoturismo da região de forma sustentável e única. O barco é realmente um cruzeiro dos rios, guardadas as devidas proporções.

A embarcação tem dez suítes com design exclusivos e com a quarta parede feita de vidro para que o hóspede durma olhando as estrelas e curta a paisagem pantaneira mesmo de dentro do quarto. Área de lazer com academia e piscina dão conforto para quem volta cansado da pescaria ou para quem preferiu ficar na embarcação naquele dia. Uma culinária de primeira fecha o pacote com chave de ouro. Para se hospedar no Peralta em um período de quatro noites, o valor total parte de R$ 8 mil e vai até R$ 11 mil. Uma conta que deixa de fora toda a riqueza que a pesca esportiva proporciona.