12/03/2019 - 12:25
Suínos
O ano de 2018 foi bastante complicado para os produtores de carne suína. E não apenas por causa da greve dos caminhoneiros, em maio. A Rússia, principal importador do Brasil, com 230 mil toneladas compradas em 2017 (40% das exportações), paralisou suas compras por quase 1 ano. As negociações só foram retomadas no mês passado.
Passar por essa turbulência, somada à pressão de custos puxados pelo preço de milho, exigiu extremo controle de gastos e eficiência de índices zootécnicos nas fazendas. Foi exatamente o que fez a fazenda Schoeler Suínos, com sede em Piraí do Sul (PR), campeã na categoria Produção de Suínos, do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2018.
“O ânimo e o otimismo voltam em 2019”, afirma Diego Schoeler, diretor geral da empresa. “O retorno de mercados exportadores reflete no mercado interno como um todo”, acrescenta o empresário.
De origem alemã, Schoeler faz parte da terceira geração de criadores da empresa familiar, criada por Bertholdo Schoeler e Melânia Rech. Atualmente, são 15 mil matrizes, distribuídas na sede e em granjas nos municípios paranaenses de Jaguariaíva e Arapoti, e também em Santa Catarina, nos municípios de Erval Velho, Água Doce, Jaborá e Itapiranga. O ano deve fechar em 330 mil suinos negociados, dos quais 280 mil para o abate. Os restantes 50 mil suínos superiores são vendidos como matrizes e reprodutores a outras granjas. Nos últimos anos, a expansão do negócio se deu com parcerias. São 110 produtores atuando na criação. “As parcerias surgiram para viabilizar nosso crescimento e também para aproveitar o potencial produtivo da região”, diz Schoeler. Além disso, a Schoeler Suínos faz também compras coletivas de grãos para seus parceiros.
Devido ao trabalho de seleção genética, as leitoas produzem, em média, 32 leitões por ano, enquanto a média brasileira é de 26 leitões.
O melhoramento animal busca por número de tetos das mães bem conformados, qualidade de cascos e carcaça bem acabada. Outra mudança foi o uso de baias coletivas. “Com elas, notamos melhora nos índices zootécnicos”, afirma Schoeler. “Há uma mudança interna de estrutura e de mentalidade na empresa, além de ser uma tendência global.” Atualmente, 50% das unidades têm o sistema coletivo de criação e a expectativa é de que, até o final de 2019, todas estejam devidamente adequadas.