O Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico de Jundiaí (CEA/IAC) busca novos parceiros no setor empresarial, para financiar a capacitação de trabalhadores rurais aplicadores de agrotóxicos. O programa, sob responsabilidade da Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agrotóxicos, começa a funcionar no mês que vem, com o treinamento de uma turma de 20 pessoas. O grupo terá aulas teóricas, práticas e receberá consultoria de renomados profissionais.

De acordo com o coordenador da Unidade de Referência, o pesquisador científico Hamilton Ramos, até o final deste ano duas turmas devem ser treinadas. A expectativa é que o projeto seja contínuo e ininterrupto de 2017 em diante, sendo executado em parceria com universidades e professores, engenheiros agrônomos, consultores e extensionistas.

“O projeto já é viável economicamente para o primeiro ano de funcionamento. Buscamos novos apoiadores para poder traçar metas ainda mais ousadas de capacitação. A capacitação de aplicadores de agrotóxicos é um dos maiores entraves para a agricultura tornar-se uma atividade sustentável”, salienta Ramos.

“O objetivo da Unidade de Referência é treinar, principalmente, agentes multiplicadores de boas práticas no manejo de agrotóxicos, pessoas e profissionais que sejam capazes de estender às suas comunidades a capacitação adquirida no programa”, explica ele.

Ramos assinala ainda que o alcance potencial da Unidade de Referência é de pelo menos 100 mil pessoas-ano, entre agricultores e trabalhadores, pela perspectiva de multiplicação do conhecimento. “Este número corresponde ao volume de pessoas alcançado pela soma de todos os programas de treinamento atualmente empreendidos no Brasil”, ressalta Hamilton Ramos.

Segundo o pesquisador científico do IAC, o mau uso de agrotóxicos gera perdas anuais da ordem de R$ 2 bilhões ao agronegócio.

Dados do IBGE e do Centro de Engenharia e Automação do IAC indicam que entre 25 milhões e 30 milhões de pessoas trabalham atualmente no agronegócio. Desse montante, em torno de 4,5 milhões são analfabetos, 12 milhões atuam como temporários e 85% exercem funções em pequenas propriedades. Clique aqui e saiba mais sobre a Unidade de Referência em Tecnologias de Aplicação de Agrotóxicos. Fonte: Ascom