O Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos do Planalto e Norte Catarinense reuniu cerca de 500 pessoas, entre técnicos, criadores da raça e demais entidades, para discutir o bem-estar animal. O encontro, realizado no mês passado em Joinville (SC), teve como objetivo buscar formas para esclarecer que não há maus tratos de animais em competições como o rodeio, a rédeas e o laço. “É frequente recerbemos denúncias de maus tratos, sendo que, em todos esses esportes, o que prevalece é o respeito aos animais”, diz o criador de cavalo crioulo Ciro Harger e organizador do evento. Ainda neste mês, um documento sobre os aspectos desses esportes deve ser entregue aos Ministérios Públicos Federal e Estadual de Santa Catarina. “Estamos dispostos a acabar com o preconceito contra esses esportes.”

Negócios milionários
A leiloeira Trajano Silva Remates movimentou o mercado, com a venda de 104 animais da raça crioulo, no mês passado, em Esteio (RS). Em três leilões, foram arrecadados R$ 3,23 milhões. O maior deles foi o remate da Cabanha Santa Edwiges, em São Lourenço do Sul (RS), do proprietário Daniel Anzanello. O leilão alcançou R$ 2,06 milhões e uma média de R$ 50,38 mil. O animal mais valorizado foi o cavalo JA Noturno, vendido a R$ 400 mil.

Quartista bem valorizada


No mês passado, foi realizado em Jaguariúna (SP), o 3º Leilão Boonlight Dancer, dos criadores Alessandro Almeida, do Alpakatha Ranch; e Fran Miranda, do Paddock Ranch. Organizado pela leiloeira paulista WV Leilões, o remate fechou em R$ 1,73 milhão. O animal mais valorizado foi a fêmea Dancing With Heart, arrematada pelo criador goiano Eugênio Fedrigo Filho por R$ 180 mil.

Árabes de alto nível


A 4ª Exposição Interamericana do Cavalo Árabe reuniu cerca de 120 animais da raça de todo o País, em Araçoiaba da Serra (SP). Promovido no mês passado pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe, o evento pontuou os melhores exemplares, qualificando-os para a Exposição Nacional do Cavalo Árabe, que ocorrerá, em Indaiatuba (SP), de 16 a 20 de novembro. O destaque foi o cavalo RFI Fidji Al Maktub, de Rodrigo Foz Forte, do Haras Santo Antônio da Bela Vista, de Itapetininga (SP), que sagrou-se campeão.

Cânter

Com o objetivo de expandir a raça pelo País, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador acaba de por em prática o projeto Avante Marchador. De acordo com o presidente da entidade, o criador mineiro Daniel Figueiredo Borja, 43 anos, estão programadas cinco exposições para estimular as vendas dos animais em regiões estratégicas.

Onde serão essas exposições?
No mês passado, por exemplo, ocorreu uma em Cuiabá (MT). As demais vão ser em Imperatriz (MA), de 6 a 9 de julho; em Itumbiara (GO), de 1 a 4 de setembro; em Chapecó (SC), de 7 a 12 de outubro; e em Palmas (TO), de 26 a 30 de outubro.

Por que foram escolhidos esses lugares?
A nossa intenção é fazer com que a raça mangalarga marchador cresça justamente onde tenha pouca representatividade. Por
isso foram escolhidos esses Estados.

Quanto essas exposições devem movimentar?
Ao todo, esses cinco eventos deverão comercializar 250 animais este ano, com uma movimentação de cerca de R$ 5 milhões.

Qual é o atual rebanho do País e quanto ele pode chegar com o projeto?
Atualmente, são estimados 450 mil animais por todo o Brasil. Nos próximos três anos, queremos aumentar esse número em 50%, chegando em cerca de 675 mil cavalos da raça.