São Paulo, 3 – A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília (DF) reduziu sua estimativa de produção de milho do Brasil para 122 milhões de toneladas em 2023/24, ante 130 milhões de toneladas esperados em novembro passado, em virtude dos efeitos negativos do fenômeno climático El Niño. Contudo, o volume deve crescer em 2024/25, para 129 milhões de toneladas, em linha com os aumentos esperados no consumo, especialmente nas indústrias de rações e etanol, disse a agência. Para 2022/23, a projeção é de safra de 135,5 milhões de toneladas.

A expectativa para a área plantada em 2023/24 foi reduzida de 22 milhões de hectares para 21,5 milhões de hectares. Para 2024/25, a projeção é de aumento para 22 milhões de hectares, enquanto 2022/23 deve registrar 22,4 milhões de hectares. Quanto à produtividade, a estimativa caiu de 5,9 toneladas por hectare para 5,674 toneladas por hectare na temporada atual, ante 6,05 toneladas por hectare em 2022/23 e 5,86 toneladas por hectare em 2024/25.

Já a previsão para as exportações brasileiras de milho em 2023/24 foi reduzida em 20% ante a projeção anterior, para 45 milhões de toneladas, com base na queda da produção. “Além disso, o milho brasileiro é menos competitivo nos mercados internacionais por causa dos seus preços mais altos, o que significa que provavelmente perderá participação de mercado para origens mais viáveis, como os Estados Unidos e a Argentina, que estão com alta disponibilidade”, disse o USDA Brasília em relatório. As estimativas de embarque em 2022/23 ficaram em 53,28 milhões de toneladas, enquanto 2024/25 teve projeção de 51 milhões de toneladas.