São Paulo, 13 – A Usina Jacarezinho, unidade localizada no Paraná e controlada pelo Grupo Maringá, processou 2,425 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2021/22. Em nota, a companhia considerou o volume “satisfatório em face das questões climáticas” – a produção do Centro-Sul nesta temporada foi prejudicada por seca e geadas.

A produção de açúcar caiu 12,42% ante a safra anterior, para 167,893 mil toneladas – do total, 132,813 mil toneladas foram de açúcar bruto e 35,080 mil toneladas, de açúcar branco. Já a fabricação de etanol subiu 6,69% na mesma comparação, para 94,699 milhões de litros. O biocombustível anidro teve expressiva alta de 30%, para 65,095 milhões de litros, e o hidratado caiu 23,6%, a 29,604 milhões de litros.

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“O aumento da participação do etanol no mix de produção da safra 21/22 reflete, sobretudo, o cenário nacional, afetado pela redução de 13% na oferta de cana-de-açúcar no Centro-Sul”, afirma a empresa em comunicado, “conjugado com o aumento esperado do consumo do ciclo Otto (índice de consumo total de gasolina e etanol), repercutindo positivamente no preço do etanol”. A maior produção do anidro, o biocombustível que é misturado à gasolina, foi uma tendência do setor nesta safra em decorrência dos preços mais vantajosos e do desejo de manter a mistura obrigatória em 27%.

Na safra 2022/23, que começa em abril, a companhia pretende manter o mix de produção no mesmo nível. O diretor de Operações da Usina Jacarezinho, Condurme Aizzo, disse em nota: “A expectativa é aumentar a moagem, com base na expansão da área de colheita, e melhorar a eficiência no armazém de açúcar, com um investimento na ordem de R$ 9,5 milhões com estrutura interna”.

A Maringá Energia, que produz energia elétrica a partir do bagaço da cana usada na Usina Jacarezinho, começou a exportar energia em junho deste ano, e a expectativa é alcançar exportação de 43 mil MWH/ano até dezembro. Foram investidos R$ 70 milhões na operação, dos quais R$ 40 milhões vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No primeiro ano, o resultado operacional representou 13% de todas as operações sucroenergéticas do Grupo Maringá no ano.