05/05/2022 - 14:10
Com o fim da emergência sanitária no Brasil, clínicas e empresas privadas poderão adquirir vacinas contra a covid-19 sem necessidade de doação ao Sistema Único de Saúde (SUS). O valor da dose deve variar entre R$ 280 e R$ 350 reais, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), Geraldo Barbosa, em entrevista à Rádio Eldorado. A oferta gratuita na rede pública, para aplicação da 1ª dose ou das injeções de reforço, continua.
“O preço de fábrica máximo – isto é, o preço máximo que a fabricante pode vender aos fornecedores – já está definido: R$ 150. Mas o preço para o consumidor vai depender de diversos fatores como logística, incidência de impostos e custos operacionais”, afirma. A portaria que determinou o fim da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (Espin) entra em vigor no próximo dia 22, e segundo Barbosa, a expectativa é de que, a partir dessa data, as clínicas já possam oferecer o imunizante.
A AstraZeneca, segundo ele, já prepara as primeiras doses para entrega às clínicas privadas ainda em maio. “Em principio, (a vacina ofertada) será a da AstraZeneca porque ela já tem o registro definitivo e a empresa já abriu negociações com o mercado privado, mas futuramente outras fabricantes poderão ser ofertadas. A gente está na expectativa de que o movimento da AstraZeneca disperte o interesse nas outras fabricantes de fornecer o imunizante”, explica o presidente da associação.
Barbosa diz ainda que a vacina não estará disponível para todas as pessoas. “Não vai ser uma vacina de procura espontânea a todos. Terá um critério tecnico individual”, ressalta, informando que será preciso ter prescrição médica para adquirir a dose. Ele informa ainda que haverá um sistema de encontro dos dados referentes à vacinação entre o SUS e as clínicas privadas.
Até agora, foram aplicadas quatro marcas diferentes de vacina no Brasil, todas com oferta gratuita pelo SUS: Coronavac, AstraZeneca/Fiocruz, Pfizer e Janssen.