São Paulo, 10 – A Anfavea, associação que, além das montadoras de automóveis, representa fabricantes de tratores, levou à sua apresentação de resultados mensais números que revelam retração das vendas de máquinas agrícolas e de construção no início do ano.

Enquanto a produção da agropecuária é revista para cima, o setor aguarda por aportes do governo para a redução das taxas oferecidas ao produtor no Plano Safra. Diante da piora das condições de crédito, as vendas de máquinas agrícolas caíram 15,9% no primeiro bimestre, somando 7,9 mil unidades no período, entre tratores de rodas e colheitadeiras de grãos.

Já as vendas de máquinas de construção – como retroescavadeiras, pás-carregadeiras de rodas, motoniveladoras e rolos compactadores – tiveram queda de 7,2% na mesma base de comparação. Entre janeiro e fevereiro, 4,5 mil máquinas de construção foram vendidas no País, um desempenho tímido atribuído ao compasso de espera dos investimentos em infraestrutura.

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Os números são de levantamentos realizados por outras duas entidades: a Fenabrave, que representa as concessionárias e divulga mensalmente as vendas de máquinas agrícolas; e a Abimaq, entidade da indústria de bens de capital, que acompanha também todo mês os resultados das máquinas de construção.

Os dados têm defasagem de um mês em relação às estatísticas de veículos divulgadas nesta segunda-feira, 10, pela Anfavea, já referentes a março.

Na comparação com fevereiro do ano passado, as vendas de máquinas agrícolas tiveram queda de 22,3% no segundo mês de 2023, enquanto as entregas de máquinas de construção caíram 23,7%. Na margem – ou seja, de janeiro para fevereiro -, as vendas de máquinas agrícolas subiram 29,9%, somando 4,5 mil unidades. Já as entregas de máquinas de construção, de 2,1 mil unidades em fevereiro, encolheram 13,5% de um mês para outro.