05/12/2022 - 10:04
A Verde Agritech solicitou autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para construir um ramal ferroviário no interior de Minas Gerais. O projeto da companhia prevê um traçado entre a instalações da companhia, em São Gotardo, e a cidade de Ibiá, no Triângulo Mineiro, para escoar a produção. A Verde Agritech, conforme comunicado, é considerada a empresa com maior capacidade de produção de potássio para a agricultura do Brasil e a primeira do mundo a aditivar fertilizante mineral com microrganismos.
Segundo a empresa, o ramal ficará interligado a uma rede ferroviária que conecta sete Estados e o Distrito Federal, que tem parte administrada pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA). “As ferrovias FCA são a principal rota entre as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil”, destaca a companhia no comunicado.
O projeto apresentado à ANTT contempla o transporte de até 50 milhões de toneladas de fertilizantes potássicos por ano, cerca de 55% da demanda nacional, segundo a empresa. A companhia tem hoje duas plantas em operação, em São Gotardo e Matutina, com capacidade de produzir anualmente até 3 milhões de toneladas de fertilizantes. Este ano, a construção da terceira planta, com investimentos de R$ 275 milhões, foi anunciada pela companhia para ser concluída em 2024, elevando a capacidade de produção para 16,4% da demanda nacional.
O Fundador e CEO da Verde Agritech, Cristiano Veloso, diz na nota que “ao conectar as minas de potássio da Verde, a maior reserva conhecida do Brasil, aos seus principais centros consumidores, a ferrovia dará aos agricultores acesso a um volume ainda mais substancial de produto”.
A construção do ramal ferroviário por empresas é prevista em uma medida provisória de agosto de 2021, por meio do Programa de Autorização Ferroviária (Pro Trilhos). A Verde Agritech diz esperar a autorização da ANTT para os próximos meses.
“Caso a autorização seja concedida, será posteriormente assinado um contrato entre a ANTT e a Verde, autorizando a exploração da ferrovia em regime privado. Depois disso, a Companhia iniciará os estudos ambientais e de engenharia para este projeto”, explica o comunicado ao mercado.