O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luís Felipe Vital, explicou nesta segunda-feira, 29, que a queda no custo médio acumulado em 12 meses da DPF de 10,90% ao ano em junho para 10,76% a.a. em julho se deve ao efeito da variação cambial sobre a dívida externa. O custo médio em 12 meses da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) passou de 10,98% para 11,0%, o maior patamar desde julho de 2017. “Já o custo médio da DPFe caiu de 8,72% para 5,31% em julho, devido à variação do câmbio”, completou.

Vital destacou que os títulos indexados à inflação já apresentam uma queda no custo de emissão em decorrência da deflação registrada no mês passado. “Com isso, já começamos a ver sinais positivos no custo médio de emissão”, completou.

Colchão de liquidez

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional

destacou que, apesar da redução em julho, o colchão de liquidez do órgão no mês passado ainda correspondia a 9,49 meses de vencimentos de títulos à frente.

“Existe uma folga bastante confortável em relação ao considerado o prudencial para o colchão para o Tesouro, que é de três meses de vencimentos”, avaliou.

O Tesouro Nacional encerrou julho com R$ 1,177 trilhão no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 3,58% menor em termos nominais que o R$ 1,221 trilhão que estava na reserva em junho. O montante ainda é 1,53% maior que o observado em julho de 2021 (R$ 1,159 trilhão).

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O órgão não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.