01/11/2009 - 0:00
Dinheiro Rural – Quais os planos da CRV Lagoa para 2010?
– Os planos de investimentos envolvem o alinhamento com as estratégias da matriz da CRV na Holanda: manterse líder de mercado de sêmen bovino – corte e leite. Isso significa investir mais em novos produtos da bateria, contratando novos touros, oferecer mais produtos e serviços, como cursos, cursos online, suporte com informações técnicas. Esperamos investir R$ 3 milhões nessas ações.
Dinheiro Rural – Haverá mudança nos planos de negócios?
Valk – Teremos cinco unidades de negócios, uma delas é na América do Sul, que eu comando. Dentro dessa unidade da América do Sul, a CRV Lagoa é a base, vamos comandar tudo por aqui. Assim, a diretoria da CRV Lagoa tem influência para decidir quais os investimentos necessários para o crescimento.
Dinheiro Rural – E a meta é?
Valk – O objetivo da CRV no mundo é crescer 25% em três anos em diversos países, fazendo a sinergia necessária entre as unidades. Em alguns países, vamos começar do zero. Nossa matriz tem na Bélgica e Holanda um market share de 80%, então a ideia é crescer internacionalmente.
Dinheiro Rural – Qual será a atuação no continente sul-americano?
Valk – Nós temos alguns planos dentro da América do Sul. Não estamos ainda na Argentina, mas temos bons planos para a Colômbia, Argentina, o Uruguai e Paraguai. Teremos novidades em breve. Vamos investir também na rede de distribuição desses países.
Dinheiro Rural – Mas no Brasil, por exemplo, apenas 7% do mercado usa inseminação artificial.
Valk – No futuro, mais pessoas perceberão o valor da inseminação artificial. Vamos levar essa mensagem por meio do investimento em comunicação e de nossa equipe de consultores de campo.
Dinheiro Rural – Quais serão as principais raças?
Valk –A CRV está focando estratégias de programa de melhoramento genético de holandês, simental, jersey e, nas raças de corte, estamos focando em nelore e angus. Pretendemos nos aproximar mais dos criadores.
Dinheiro Rural – Isso significa aumentar os prêmios?
Valk –Não necessariamente. Temos exemplos que mostram que a confiança e a credibilidade são mais importantes que os prêmios e os royalties. Tivemos um caso recente, mas não vou divulgar nomes, em que houve competição entre as centrais por um bom touro e o criador nos escolheu por outros motivos.
Dinheiro Rural – E como o sr. avalia a concorrência?
Valk – Nós respeitamos nossos concorrentes, mas nossa visão é de que, no futuro, em todo o mundo, teremos a consolidação da CRV. Teremos, em cinco ou dez anos, apenas cinco, seis empresas grandes em todo o mundo.
Dinheiro Rural – Ou seja, vocês estão de olho em aquisições?
Valk – Sempre estamos com os olhos abertos porque, na verdade, dentro da América do Sul, o Brasil ainda é o país com mais oportunidades em comparação a outros. Nosso foco para crescer na América Latina é o Brasil. Então não descarto essa possibilidade.
Dinheiro Rural – Mas vocês pretendem ir às compras em todas as áreas?
Valk – Não necessariamente. Temos o caso da central Top in Life, de ovinos e caprinos, de Jaboticabal, que é nossa parceira e fornece o sêmen desse segmento.
Dinheiro Rural – Qual a participação no mercado brasileiro e quais os planos de crescimento?
Valk – Produzimos dois milhões de doses e temos 25% de market share. Queremos chegar a 35% em cinco anos.
“Queremos crescer no Brasil e estamos de olho em outras empresas que podemos comprar, ou então realizar novas parcerias”