07/10/2014 - 14:54
Etanol de 2a geração
No mês passado, a GranBio, empresa brasileira de biotecnologia industrial da família baiana Gradin, iniciou as operações de sua fábrica para produção de etanol de segunda geração em escala comercial, em São Miguel dos Campos, Alagoas. A chamada Bioflex 1 tem capacidade para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano. A empresa investiu US$ 190 milhões na construção da fábrica. Outros US$ 75 milhões foram investidos em parceria com a Usina Caeté, do grupo alagoano Carlos Lyra, num sistema de cogeração para a produção integrada de vapor e energia elétrica.
O doce milho da Monsanto
A americana Monsanto pretende lançar, no Brasil, sua primeira semente de alimento geneticamente modificado destinado ao consumo humano. Trata-se da semente MON 89034, que tem embutida a tecnologia Bt, uma variedade de milho adocicado. O lançamento será através da Seminis, o braço no setor de hortaliças da Monsanto. A expectativa é de que, até 2016, o produto seja comercializado no País, na versão in natura ou industrializado. As sementes do milho doce serão produzidas nas unidades da Seminis, em Uberlândia e Carandaí, em Minas Gerais.
Bem-estar animal
A americana Heinz, fabricante de ketchups e maioneses, vai investir no bem-estar animal da sua cadeia de fornecimento de ovos. A medida visa reduzir o confinamento animal com o uso de gaiolas em bateria para galinhas poedeiras. Inicialmente, a empresa vai garantir que 20% dos ovos que utiliza na América do Norte serão produzidos sem essas gaiolas. No Brasil, a Heinz já produz maionese com ovos caipiras.
Bunge premia
No mês passado, foi entregue o 59º Prêmio Fundação Bunge, para profissionais das áreas de Produtividade Agrícola Sustentável e Artes Circenses. Entre os premiados estavam o professor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Hiroshi Noda, na categoria Vida e Obra, e na categoria Juventude, o agrônomo Fernando Andreote, por seu trabalho com microbiologia ambiental na área agrícola.
Recursos para o café
O Ministério da Agricultura assinou um novo contrato com o Banco do Brasil para repasse de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), no valor de R$ 740 milhões. A decisão, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, foi publicada no mês passado. Com isso, a contratação de recursos do Funcafé totaliza cerca de R$ 3,7 bilhões. Do total contratado, foram liberados aos agentes financeiros recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão.
Polêmica com o transgênico
A Confederação Brasileira da Apicultura e outras entidades da cadeia produtiva do mel se manifestaram contra a liberação comercial do eucalipto transgênico, chamado de H421. Segundo os representantes do setor, essa variedade vai inviabilizar as exportações de mel brasileiro para países europeus que restringem a entrada de transgênicos. Cerca de 30% das 50 mil toneladas de mel produzidas no Brasil vêm de flores de eucalipto. Por outro lado, o eucalipto transgênico elevaria em 20% a produtividade das florestas plantadas, com ponto de colheita em cinco anos, em vez dos atuais sete anos.
A mistura dos combustíveis
No mês passado, o governo federal sancionou o aumento da mistura de etanol à gasolina e o aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel. Com isso, a adição de álcool anidro à gasolina, atualmente em 25%, passará a ser de 27,5%. O percentual de biodiesel adicionado ao diesel, por sua vez, terá uma mudança de 6% para 7%, a partir de novembro. Com essa elevação da mistura de combustíveis renováveis nos combustíveis fósseis, o governo poderá reduzir as importações de derivados de petróleo, que estão pesando nas contas da Petrobras.
Pesquisa com o zebu
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), de Uberaba, firmou um termo de cooperação técnica na área de genética bovina de corte e leite com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso. Com a parceria, o programa Pró- Genética da ABCZ, que estimula a produção de carne e leite nas pequenas e médias propriedades, será ampliado. O programa é feito a partir do uso de gado zebu puro de origem (PO).
Mama África
A consultoria americana Bain & Company fez um estudo, encomendado pelo BNDES, que mapeou 11 potenciais polos para a produção de cana, açúcar e etanol, na África. A pesquisa, divulgada no mês passado, aponta que há um potencial de produção de 950 mil toneladas de açúcar na União Econômica e Monetária do Oeste Africano (Uemoa), com receitas de US$ 1 bilhão. O estudo também estimou a produção de etanol e energia nessa região, que engloba países como Senegal e Costa do Marfim.
ADM sem chocolate
No mês passado, a americana Archer Daniels Midland (ADM), uma das maiores empresas de agronegócio do mundo, fechou um acordo com a conterrânea Cargill para vender o seu negócio de chocolate. A transação, no valor US$ 440 milhões, que inclui duas fábricas nos Estados Unidos, uma no Canadá e outras três unidades em países europeus, será concluída até o primeiro semestre de 2015. A ADM informou que pretende reinvestir o valor da venda em áreas mais rentáveis da companhia.
Nova linha de carnes
No mês passado, o Projeto Texel Gran Reserva, que reúne cabanhas gaúchas, foi lançado durante a Expointer, em Esteio (RS). A iniciativa é um trabalho de valorização da carne de cordeiros Texel, conhecida por apresentar pouca gordura. Inicialmente, o projeto vai lançar uma linha com paleta, pernil, costela, picanha, carré e lombo de textel. Os cortes da carne estarão à venda a partir de dezembro.
Cana transgênica
A americana Ceres, desenvolvedora de híbridos de sorgo para a produção de etanol e energia, vai investir na cana-de-açúcar no Brasil. A companhia vai receber R$ 85 milhões através do programa de fomento Paiss Agrícola e pretende destiná-los ao desenvolvimento de variedades de cana transgênica, com características para o aumento de biomassa, tolerância a estresse e elevação da produção de açúcar. A expectativa é de que a tecnologia seja lançada em até sete anos. A empresa já desenvolve, há três anos, pesquisas nesse segmento nos Estados Unidos e em países da América Latina.
Mulheres unidas – No mês passado, a cafeicultora mineira Debora Fortini foi eleita presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café no País, a IWCA-Brasil. Debora conta sobre a união das cafeicultoras e os planos para o futuro.
A IWCA-Brasil se fortaleceu nestes últimos anos?
Sim. Quando a IWCA-Brasil foi fundada, em 2012, contava praticamente só com 13 mulheres. Hoje, temos mais de 80 cafeicultoras associadas.
E os planos para a sua gestão?
Um dos projetos é implantar a certificação da IWCA-Brasil. Estamos estudando sobre como estabelecer os padrões de qualidade e desenvolver o selo da entidade.
Quais são as conquistas recentes?
Firmamos uma parceria com a Embrapa Café e vamos desenvolver um projeto para que as cafeicultoras tenham acesso a novas tecnologias. No mês passado, realizamos uma rodada de negócios. Dois americanos
se interessaram por amostras de café de algumas associadas. Estamos intermediando a negociação e esperamos que eles fechem negócio em breve.
Qual é a missão atual?
Nossa missão é ajudar as cafeicultoras a agregar valor ao produto, trazer ideias inovadoras e capacitar essas mulheres.