10/08/2017 - 8:00
O agronegócio tem passado por uma profunda revolução não apenas no campo como também no seu modelo de administração. E isso está se refletindo no perfil dos profissionais buscados pelas empresas do setor. Agora, além de conhecimento técnico, é necessário dominar as principais ferramentas de gestão. É o que afirma Marcelo Botelho, gerente para agronegócio da empresa inglesa de recrutamento de executivos Michael Page no Brasil. Acompanhe:
Qual a perspectiva para o recrutamento no campo?
A perspectiva é boa. O setor vem em uma tônica de profissionalização nos últimos anos.
Quais são as áreas de maior demanda?
A área comercial é uma que precisa se comunicar com os fornecedores de insumos, prestadores de serviços, tudo que está na cadeia do agronegócio. Nós também estamos com muitas vagas para a área de processamento. Outra tendência se refere às posições para gerenciar as propriedades rurais.
Qual mudança de perfil ocorreu nos últimos anos?
O perfil mudou de um profissional técnico, que só conhece lavoura, para um profissional que entende de todas as ferramentas de gestão, como controles de indicadores, melhorias de processo, domínio financeiro, etc. Ele agrega o conhecimento técnico e a gestão, que é uma tendência em outros setores.
Quais profissões têm mais futuro no setor?
São as posições comerciais, que têm o contato com o produtor, além dos gerentes de fazenda, que são os gestores das propriedades agropecuárias.
Ourofino
Na primeira divisão
No dia 1º de junho, a brasileira Ourofino, empresa de defensivos agrícolas que pertence aos empresários Norival Bonamichi e Jardel Massari, apresentou sua nova estrutura corporativa. Marcelo Abdo, na empresa desde a sua fundação em 2010, e que nos últimos anos respondia pelos departamentos financeiro e administrativo, passa a ser o braço direito nas decisões. Ele agora é o vice-presidente da companhia, ligado diretamente ao conselho administrativo, no qual estão os dois sócios.
Ensino
Faculdade das flores
Em junho, durante 24ª Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec), realizada em Holambra (SP), foi lançado o primeiro curso de graduação do Brasil voltado para o segmento de flores e plantas ornamentais. A Faculdade de Agronegócios de Holambra (Faagroh), também chamada Faculdade das Flores, é a primeira nessa a área de conhecimento. O curso é uma parceria entre a prefeitura de Holambra e a Faculdade de Jaguariúna(SP) e já foi avaliado e aprovado pelo Ministério da Educação. Serão oferecidas 80 vagas para aulas no período noturno, com duração de cinco semestres.
Basf/USP
Parceria na escola
Uma parceria entre a alemã de agroquímicos Basf, e o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), vai oferecer 40 bolsas de estudo. O Pecege pertence à ESALQ-USP, de Piracicaba (SP), e companhias privadas do setor. As bolsas fazem parte do programa conhecido como TreinaHF, com foco na proteção de cultivos e no mercado agrícola e de hortifrutis. O curso de 18 meses é destinado a técnicos e estudantes de áreas agronômicas e está dividido em sete módulos. O Pecege é especializado em aulas presenciais e à distância, mais projetos de pesquisa, produção audiovisual e universidade corporativa.