Os contratos mais líquidos do petróleo caíram nesta sexta-feira, 28, prejudicados pela valorização do dólar e pelos renovados temores com a demanda chinesa. O país asiático retomou lockdowns para conter novos surtos de covid-19.

O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,32% (US$ 1,18), a US$ 87,90 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 perdeu 1,33% (US$ 1,27), a US$ 93,77 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, eles subiram 3,35% e 0,29%, respectivamente.

A cidade de Wuhan, na China, onde a pandemia de covid-19 começou, foi fechada novamente relatando mais de 1.000 novas infecções. “Na próxima semana, investidores de energia terão uma noção melhor de como a economia da China está se saindo, apesar dos bloqueios da covid-19 que ocorreram em outubro”, destaca Edward Moya, da Oanda.

Segundo ele, as commodities, em geral, também terão uma reação à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e ao relatório de empregos dos EUA, o payroll. “Um aumento da taxa dovish poderia permitir a fraqueza do dólar, o que poderia manter os preços do petróleo apoiados. Se o apetite ao risco permanecer saudável, o petróleo WTI pode continuar a se consolidar acima de US$ 80”, completa Moya.

A Capital Economics também destaca que os preços das commodities seguirão a direção de uma série de dados e eventos previstos para a semana que vem. “Os PMIs da China devem confirmar que as restrições relacionadas à covid-19 e a piora das perspectivas econômicas globais estão reduzindo o consumo doméstico e no exterior. Enquanto isso, os dados de trabalho dos EUA podem ajudar a consolidar a visão de que o aumento esperado de 75 pontos-base do Fed será o último desse tamanho”, pontua.