Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda de pouco mais de 1%, pressionados por dólar forte no exterior e cautela dos investidores sobre o cenário econômico global, o que poderia afetar a demanda pela commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em queda de 1,19% (US$ 0,96), a US$ 79,74 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com perda de 1,10% (US$ 0,94), a US$ 84,18 o barril.

Economistas consultados pelo Wall Street Journal apontam que o mercado de petróleo continua preocupado com uma demanda fraca global e nos Estados Unidos, especialmente após os dados do índice de gerentes de compras (PMI, an sigla em inglês) calculado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Divulgado na semana passada, o PMI dos EUA demonstrou que o setor industrial contraiu pelo quinto mês consecutivo, atingido nível mais baixo desde a metade de 2020, quando o país estava em lockdown para combater a pandemia.

Analista da Oanda, Edward Moya observa que investidores de energia estão aguardando “sinais claros” sobre perspectivas de crescimento global, em um momento incerto para a oferta. Para ele, esta semana deve mostrar se a economia americana está entrando aos poucos em uma “zona de recessão” ou se entrará com impacto extremo. Moya aponta que o relatório de inflação, dados de vendas no varejo e balanços corporativos de bancos devem direcionar as negociações em Wall Street.

No radar dos investidores, a Arábia Saudita manteve o fornecimento de petróleo bruto às refinarias do norte da Ásia, segundo fontes com conhecimento do assunto, apesar da promessa de realizar cortes na produção na semana passada. Além disso, a Dow Jones reportou uma forte alta na oferta da commodity em países produtores menores, como o Irã, Guiana, Noruega, Casaquistão, Brasil e Nigéria.

Já a Rússia informou corte na produção de petróleo em 700 mil barris por dia em março, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. O número, contudo, é inconsistente com os dados sobre as exportações marítimas do país em março e com os suprimentos para as refinarias domésticas, aumentando a incerteza sobre quanto petróleo a Rússia realmente bombeia.

*Com informações da Dow Jones Newswires