15/08/2024 - 16:41
São Paulo, 15/08- O primeiro semestre de 2024 foi marcado pela expansão de 9,3% das áreas tratadas com defensivos agrícolas, ultrapassando 1 bilhão de hectares, segundo dados de pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) para a Kynetec Brasil. O desempenho foi atribuído ao desenvolvimento positivo da safra de soja e às condições climáticas no Brasil.
Segundo a pesquisa, de janeiro a junho deste ano o volume de defensivos utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas cresceu 8,3%, dividido entre herbicidas (40%), inseticidas (28%), fungicidas (24%), tratamentos de sementes (1%) e outros (9%). Para esses resultados foi considerada metodologia que projeta dados do mercado em Produto por Área Tratada (PAT), destacando o volume efetivamente utilizado pelo produtor rural e o número de aplicações de defensivos na área cultivada, de acordo com a necessidade.
Quando dividida por cultivos, a área PAT ficou assim: soja (31%), milho (31%), algodão (16%), pastagem (7%), cana (4%), trigo (3%), hortifrútis (1%) café (1%), citros (1%) e outros (1%). Neste cenário, o valor de mercado totalizou US$ 8,8 bilhões, 9% abaixo que no primeiro semestre de 2023, de US$ 9,6 bilhões. A queda, segundo o levantamento da Kynetec para o Sindiveg, está atrelada ao aumento no custo de produção por perdas de lavouras em decorrência da mudança climática – principalmente do milho segunda safra – e ao crescente impacto cambial, com salto de 3% na mesma comparação.
Em perspectiva regional, o valor de mercado dos defensivos agrícolas no Brasil, nos seis primeiros meses do ano, foi dividido entre Mato Grosso e Roraima (33%), São Paulo e Minas Gerais (18%), Bamatopipa – região que considera Bahia, Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará – (14%), Paraná (10%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiás e Distrito Federal (8%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (7%) e outros (2%). Já em área PAT, Mato Grosso e Roraima representaram 37%, seguidos de Bamatopipa (17%), São Paulo e Minas Gerais (12%), Paraná (9%), Goiás e Distrito Federal (8%), Mato Grosso do Sul (8%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (7%) e outros (2%).
Conforme o Sindiveg, no primeiro semestre a produção de soja brasileira enfrentou uma crescente proliferação de pragas como mosca branca (+157%), lagartas (+52%) e percevejos (+22%).