27/08/2020 - 17:00
São Paulo, 27 – O Grupo Syngenta, holding formada pelo braço agrícola das estatais do setor químico Chemchina e Sinochem, obteve receita de US$ 12,04 bilhões no primeiro semestre de 2020, alta de 2% ante o obtidos em igual período do ano anterior, informou a companhia nesta quinta-feira. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 7% na comparação anual para US$ 2,22 bilhões nos primeiros seis meses do ano. Esta foi a primeira divulgação de resultados financeiros do grupo após a sua consolidação no início do ano.
As vendas da divisão de proteção para lavouras aumentaram 6% no período para US$ 5,47 bilhões, com crescimento em todas as regiões de atuação.
A divisão de sementes apresentou vendas 2% maiores em US$ 1,62 bilhão, com incremento no desempenho obtido na América do Norte, América Latina e Ásia. As vendas da Adama, de agroquímicos, ficaram estáveis em US$ 2,01 bilhões, com crescimento da América Latina compensando retração na América do Norte. Já a operação do grupo na China teve retração de 2% na receita para US$ 3,35 bilhões.
A companhia atribui o desempenho no período à “boa administração” dos impactos da covid-19 no primeiro semestre do ano e disse que manteve o abastecimento durante todo o período, “apesar do ambiente de mercado desafiador” e das “dificuldades logísticas”.
“Estou satisfeito que nossa equipe tenha apresentado um forte desempenho em todas as unidades de negócios do Syngenta Group, apesar da pandemia da covid-19, preços baixos dos grãos e ventos adversos significativos do câmbio”, afirmou o CEO do Grupo Syngenta, Erik Fyrwald, em comunicado divulgado para imprensa e investidores.
O resultado da Syngenta veio em linha com o observado no segmento de insumos agrícolas. As empresas desse setor, especialmente as de fertilizantes, sementes e defensivos, enfrentaram dificuldades em ampliar a receita de vendas em todo o mundo no ano que passou, em virtude do menor investimento dos produtores em tecnologia para as safras como consequência das incertezas econômicas globais.