19/10/2016 - 15:20
Considerando apenas soja e milho, os Estados Unidos da América (EUA) devem produzir 498,6 milhões de toneladas na temporada 2016/17. A estimativa é do USDA – departamento de agricultura do país – e indica a ocorrência de safra recorde. Para conferir a reta final da colheita e o impacto da produção dos EUA no mercado internacional, a 11ª Expedição Safra percorre, esta semana, cinco estados do Corn Belt norte-americano, principal região produtora de milho do país.
Na estrada há 11 anos, a Expedição Safra faz um levantamento da produção de grãos na América do Sul e do Norte. Além de acompanhar o potencial produtivo e a evolução da área plantada, o projeto constrói um diagnóstico completo do setor, desde a logística de escoamento da safra até as movimentações de preços nos mercados interno e externo. Com o tema “Eficiente e competitivo, no campo e no mercado”, a equipe de técnicos e jornalistas inicia a temporada 2016/17 com roteiro pelos EUA.
“Acompanhar o resultado da safra norte-americana é fundamental para se ter uma noção das tendências de preço das commodities no mercado internacional. Com os dados consolidados da colheita, que já está na fase final nos EUA, é possível avaliar como a oferta de grãos vai impactar a safra brasileira e as cotações no Brasil, que ainda está iniciando o plantio”, explica o gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo e coordenador da Expedição Safra, Giovani Ferreira.
Brasil – Os roteiros nacionais têm início na semana seguinte com viagens pelo Paraná. Até o final do ciclo, a equipe vai percorrer 15 estados brasileiros, responsáveis por 90% da produção nacional de grãos. No ciclo 2016/17, o país sustenta potencial produtivo de 215 milhões de toneladas, puxado principalmente pela soja (100 milhões de t) e pelo milho (82 milhões de t), conforme aponta a primeira projeção divulgada pela Expedição Safra.
O índice é igual ao divulgado no início da temporada 2015/16, que chegou ao fim com resultado menor do que o esperado – abaixo de 200 milhões de t de grãos – principalmente devido à instabilidade climática. “A expectativa é de retomada, porque a safra passada foi muito prejudicada pelo clima. Mudamos de um El Niño forte para um La Niña bastante moderado, o que deve proporcionar clima melhor do que ano passado”, avalia Ferreira.
Fonte: Ascom