10/05/2017 - 15:08
Na abertura do tradicional torneio nacional de três tambores, o 9º Gran Prix Haras Rapahela, realizado de 7 a 12 de março em Tietê (SP), o organizador do evento, o criador Dirley Rugolo anunciou que o valor total do prêmio vai dobrar em 2018. O total será de R$ 1 milhão, ante os R$ 511 mil distribuídos aos competidores neste ano. O torneio recebeu 3,3 mil inscrições de atletas de todo o País para as provas esportivas e para o 6º leilão Haras Rapahela Show de Estrelas. A venda de 33 animais rendeu R$ 2,2 milhões, com uma média R$ 67,9 mil.
Herdeiros do mangalarga
A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador promoveu em Belo Horizonte (MG), no mês passado, a 27ª Exposição Herdeiros da Raça. A mostra reuniu 400 animais para julgamentos de marcha e morfologia. Para o presidente da entidade, o criador Daniel Borja, o evento vem se consolidando como uma prévia da Exposição Nacional do Mangalarga Marchador, realizada anualmente em julho.
Receita recorde
Com um faturamento recorde, o criador Mariano Lemanski, da cabanha São Rafael, de Balsa Nova (PR), celebrou seus 30 anos de seleção da raça de cavalo crioulo com a promoção de mais um remate próprio. Realizado em 11 de março, o leilão faturou R$ 3,2 milhões na venda de 63 animais, receita 70% acima da edição do ano passado, com faturamento de R$ 1,88 milhão. O destaque foi a égua Naia do Purunã comercializada por R$ 340 mil.
Brasil desponta em Dubai
A fêmea árabe FT Shaella, da criadora Flávia Torres, proprietária do haras Quatro Estações, em Boituva (SP), foi a campeã Égua Ouro no Dubai International Arabian Horse Championship. Realizada de 17 a 19 de março, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é a mais importante exposição do cavalo árabe no Oriente Médio, reunindo cerca de 200 equinos de todo o mundo. Shaella obteve 30 pontos nas avaliações morfológicas, 20 a mais que a segunda colocada, a égua polonesa Norma.
Cânter
O médico Márcio Matheus Tolentino, 72 anos, é um dos criadores mais prestigiados do quarto de milha. Seu trabalho de seleção, de 42 anos, no haras ST, em Bauru (SP), garante esse reconhecimento. Em dez anos de premiação ABQM Awards, Tolentino levou nove vezes o troféu de Melhor Criador, dado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM). Em outubro, parte dessa genética estará à disposição no 7º leilão Haras ST.
Qual o segredo para tantos troféus?
Eu diria que é o planejamento persistente. A gente tem de ir desenvolvendo a genética aos poucos, porque não é do dia para noite que se chega um bom plantel.
São quantos animais?
Tenho 28 éguas e dez potros. A partir da produção dessas éguas, retenho os melhores animais e vendo os demais.
Quanto o sr. faturou com os cavalos em 2016?
Com o leilão foram cerca de R$ 1,5 milhão. Somado com o restante de vendas no haras a receita foi de R$ 2 milhões. Mas não estruturei o haras como negócio. Ele é uma paixão e lazer misturados.
Mas cavalo é um bom negócio para se investir?
Se o criatório tiver o foco na rentabilidade, a criação de cavalo é sim um bom negócio.