10/07/2017 - 8:00
O que tem levado o agronegócio a alcançar um papel brilhante no desempenho da economia brasileira? Os números do setor impressionam sempre. Especialmente nos dias atuais, quando levado em conta o cenário político-econômico do País, os resultados do agronegócio se tornam ainda mais relevantes na engrenagem que faz girar o motor da economia. Somente nesta safra serão 232 milhões de toneladas de grãos, 24,3% acima da anterior. Sem contar aí o desempenho do café, do papel e da celulose, da pecuária, do cacau, das frutas, hortaliças e peixes, setores igualmente relevantes para a sociedade. A resposta está na aplicação cada vez maior de tecnologias no campo, na gestão das empresas do setor e na busca constante por profissionais altamente capacitados para liderar os movimentos de transformação que têm posicionado o agronegócio como celeiro de talentosos executivos. São eles a peça-chave dos motores dessa engrenagem.
Na Flow Executive Finders, por exemplo, hoje o agronegócio corresponde a cerca de 20% dos negócios da empresa. Ou seja, a cada dez executivos contratados, a partir de processos seletivos conduzidos pela companhia, dois são para posições no agronegócio, seja na indústria de papel e celulose, química, sementes, tradings, serviços, mercado financeiro e bioenergia. Isso é reflexo de um movimento no qual, em diversas frentes em que o agronegócio brasileiro cresce, há uma preocupação de ter líderes preparados para levar as operações ao máximo desempenho.
Essa preocupação é tão legítima que um dos pilares que mais ocupa a agenda das lideranças das empresas do setor é a gestão de pessoas. Práticas e políticas cada vez mais maduras vêm sendo implementadas para atrair e reter os profissionais que fazem a diferença. Isso se traduz em plano de carreira mais robusto, pacotes de remuneração atrativos, sistemas de avaliação de desempenho, rodadas de feedback, planos de desenvolvimento, capacitação e meritocracia. O arcabouço montado para reter talentos são aplicações que comprovam a sofisticação da área de Recursos Humanos (RH), um setor dessas companhias que hoje tem um duplo desafio para continuar a atrair talentos. Ao mesmo tempo em que ele precisa estruturar os processos internos relacionados a pessoas, a liderança de RH tem a missão de expor a força da marca empregadora ao mercado. É a forma de estimular nos executivos de fora o desejo de estarem dentro. E quem são esses executivos?
Conforme a Flow apresentou em uma pesquisa elaborada em parceria com a revista DINHEIRO RURAL, no final de 2016, esses executivos são aqueles capazes de formar bons times. São, também, capazes de gerenciar à distância, já que as operações do agronegócio são descentralizadas. São os que conseguem deixar de ser especialistas para gerir especialistas. O mercado quer um profissional tomador de risco, inovador e com alta capacidade para a ação. Alguém com um perfil mais construtor do que mantenedor, com habilidade para lidar com mudanças e transitar com desenvoltura em um ambiente complexo de mercado financeiro internacional e também junto a operadores de máquinas. O agronegócio deseja e precisa de líderes que consigam fazer um profundo diagnóstico do ambiente e adaptar os seus conhecimentos e experiências à realidade da companhia. E, com isso, promover melhorias, influenciar pessoas e atuar nas políticas e processos para gerar diferenciais competitivos.
Esses executivos, quando contratados, provocam verdadeiras transformações nos negócios, muitas vezes alçando-os para o cenário global. Ao mesmo tempo, a oportunidade de estar à frente de uma operação madura do agronegócio transforma suas carreiras. E assim se estabelece, cada vez mais, um ciclo virtuoso que mantém o principal setor da economia do Brasil em evidência nos planos de desenvolvimento de carreira de muitos profissionais do mercado.