28/04/2021 - 14:38
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, evitou nesta quarta-feira fazer projeções para o resultado do mercado de trabalho formal de abril. “Pessoalmente, pelo feeling, digo que pode haver uma tendência de queda por conta dos fechamentos (lockdown), mas isso não é uma projeção”, respondeu.
Por isso, Bianco destacou a necessidade do auxílio governamental por meio do relançamento do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) anunciado na terça.
O mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 184.140 carteiras assinadas em março, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado dos três primeiros meses de 2021, o saldo é positivo em 837.074 vagas.
O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, avaliou que, mesmo que haja um impacto da segunda onda da pandemia no Caged de abril, seguramente esse efeito será menor que o observado em abril de 2020.
“Houve fechamento de 1 milhão de empregos em abril do ano passado, agora foi diferente. Houve algumas medidas de fechamento de unidades empresariais e de serviços em alguns Estados, mas essa não é a realidade nacional homogênea”, completou Dalcolmo. “Não é porque os números do Caged estão positivo que vamos fechar os olhos para as empresas que estão em dificuldades, como o setores de bares e restaurantes, eventos e turismo”, acrescentou.
Subnotificação das demissões
Bruno Dalcolmo afirmou que o aumento dos pedidos de seguro-desemprego em março mostra que não há uma subnotificação das demissões. Os pedidos do benefício totalizaram 586.205 em março, ante 486.154 em fevereiro.
“Se houvesse qualquer tipo de subnotificação, é claro que os trabalhadores teriam feito barulho, porque teriam direito ao seu seguro-desemprego. Os trabalhadores estão sendo atendidos e recebendo o seu seguro-desemprego”, completou o secretário.