29/11/2017 - 16:13
Abilio diniz
Levar a gigante brasileira BRF ao topo global é o plano do presidente do Conselho de Administração da companhia, Abilio Diniz, 80 anos. Com um faturamento de R$ 39,1 bilhões e 35 fábricas no Brasil, a empresa investe cada vez mais fora do País. Hoje são 18 unidades de processamento de alimentos espalhadas na Argentina, Reino Unido, Holanda, Emirados Árabes, Tailândia e Malásia. O próximo feito será se estabelecer na China. Diniz, que também é acionista do Carrefour, com 7,86% do capital da empresa, quer fazer com que a rede também chegue ao topo mundial do setor varejista.
Adriane Zart
Criadora do método de manejo “Nada nas Mãos”, a pecuarista e veterinária Adriane Lermen Zart vem ganhando notoriedade com a nova técnica. Isso porque a ideia é lidar com animais sem lhes causar estresse. Desde o ano passado, a “encantadora de bovinos”, como é chamada no setor da pecuária, passou a promover treinamentos em fazendas para difundir esse tipo de manejo, que consiste em uma técnica de aproximação. O modo diferente de cuidar dos animis está ganhando adeptos no Brasil. Ele vem sendo praticado em 36 fazendas de criação de gado, em oito Estados, além de Paraguai e Bolívia.
Carlos Alberto Pasetti de Souza
A paulista Colorado, de Araras, é a maior fazenda leiteira do País. A produção de 23,1 milhões de litros anuais virou tese de mestrado na USP, neste ano. A propriedade foi analisada a partir do perfil de seu fundador, Lair Antonio de Souza, que imprimiu um ritmo altíssimo de investimentos em tecnologia. Hoje, a Colorado tem como presidente do conselho administrativo o seu fiho, o executivo Carlos Alberto Pasetti de Souza, 63 anos, que continua a trajeto da propriedade. A produção é de leite de vacas de alta performance, baseada em fêmeas puras da raça holandesa.
Eduardo Biagi
Mais conhecido no setor da pecuária como “Duda” Biagi, o proprietário da marca Carpa Serrana mantém em Mato Grosso, no município de Barra do Garças, um projeto de criação de bezerros nelore que é referência nacional para a raça. A dedicação de Biagi ao melhoramento genético completou 30 anos em 2017, sem perder o foco da sustentabilidade. Passaram pelo crivo do criador boa parte dos conceitos hoje comuns na pecuária. Entre eles o manejo intensivo de gado no pasto, a criação de uma marca, como ocorreu com a Nelore Natural em 2004, e a seleção de animais para caracteríticas econômicas, como habilidade materna.
Eduardo Macedo Linhares
Aos 88 anos, o gaúcho Eduardo Macedo Linhares continua sendo uma referência em melhoramento genético. Ainda atuando na GAP Genética, Linhares mantém um negócio iniciado pelo pai em 1906. Mas ele não parou no tempo. Linhares foi um dos primeiros pecuaristas a investir na seleção genômica, por acreditar há mais de uma década que o futuro está nesta tecnologia. O pecuarista possui um rebanho de sete mil fêmeas das raças angus, brangus, hereford, braford, além de cavalos crioulos. E promove anualmente um dos leilões de gado mais concorridos do Sul do País.
Fernando Galletti de Queiroz
O executivo Fernando Galletti de Queiroz, 49 anos, adiantou em cinco anos o plano de crescimento da Minerva Foods, com a compra das unidades frigoríficas da JBS, no Paraguai, na Argentina e no Uruguai, por cerca de R$ 1 bilhão no início deste ano. Galletti, presidente da companhia, tem levado a empresa da família a se mover no mercado da indústria frigorífica de modo assertivo e constante. O grupo Minerva, considerado conservador nesse setor, está mostrando que a história é outra: todo passo vem sendo medido nos milímetros. E tem dado resultado. Em 2017, o Minerva deve faturar cerca R$ 14 bilhões, ante R$10,2 no ano passado.
Francisco de Araújo Carneiro
Maior produtor de aves da região Nordeste e sexto maior produtor de leite do País, o grupo Companhia de Alimentos do Nordeste (Cialne), com sede em Fortaleza, tem como símbolo de seu protagonismo o fundador da empresa, Francisco de Araújo Carneiro, 81 anos. Dico Carneiro, como é conhecido no setor, colocou sua empresa no mapa do agronegócio baseado na pesquisa de genética animal, principalmente a de aves. O modelo de negócio tem sido a verticalização, indo até a gôndola com aves e leite. Em 2016, a Cialne cresceu 3,2%: faturou R$ 532 milhões e deve repetir o desempenho neste ano.
José Batista Sobrinho
Conhecido como “Zé Mineiro”, o empresário, que havia se retirado da gestão direta da JBS desde a década de 1980, voltou à ativa. No mês passado, ele retornou como presidente da companhia que fundou em Goiás, em 1953, para estancar as perdas causadas pelos escândalos das delações de seus filhos Wesley e Joesley Batista, atualmente presos. No ano passado, a JBS faturou R$ 170 bilhões com o abate de bovinos e de aves e, no início de outubro,valia R$ 23 bilhões na bolsa de valores. Zé Mineiro tem como desafio colocar a gestão da empresa nos trilhos e implantar no próximo período novas regras corporativas.
Juan Carlos Marroquín
Há 32 anos na suíça Nestlé e desde 2012 presidente da subsidiária no Brasil, o argentino Juan Carlos Marroquín estipulou algumas missões para 2017. A gigante, que fatura cerca de R$ 13 bilhões no País, ajustou a sua estratégia de negócios em várias áreas. Foi aprovado um orçamento de R$ 480 milhões para melhoria tecnológica de unidades pelo País e para a construção de uma segunda linha na fábrica de chocolates em Caçapava (SP). Também investiu R$ 270 milhões na implantação de uma linha de processamento de rações úmidas em Ribeirão Preto (SP). Além disso, inaugurou a primeira cafeteria da Nestlé no Brasil e apresentou um novo blend de café em grãos.
Leandro Pinto
O produtor de gado e aves Leandro Pinto, 48 anos, presidente do grupo Mantiqueira, tomou uma decisão inédita neste ano. Ele foi pioneiro no País, ao iniciar um projeto de produção de ovos de galinhas criadas fora de gaiolas. As gaiolas são o método tradicional de cria, mas estão desalinhadas com a nova ordem mundial de bem-estar animal. No projeto estão 600 mil galinhas produzindo 154 mil ovos por dia. No total, a empresa possui 11 milhões de poedeiras, das quais 7,5 milhões em produção nos Estados de Minas Gerais e de Mato Grosso. Maior produtora de ovos da América do Sul, a Mantiqueira fatura cerca de R$ 500 milhões por ano. Na pecuária, a empresa engorda em confinamento, em Água Boa (MT), cerca de 50 mil bois por safra.
Marco Túlio Duarte Soares
O pecuarista de Rondonópolis (MT) e proprietário da Celeiro Carnes Especiais, Marco Túlio Duarte Soares, pode celebrar duplamente 2017. Ele foi eleito presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e conduzirá os 2,8 mil associados da entidade pelos próximos três anos. Na pecuária, seu projeto Celeiro completou uma década e não para de inovar. O projeto, que inclui um frigorífico, vem se verticalizando cada vez mais. Neste ano, o produtor foi para o ramo de restaurantes com as suas carnes.
Marcos Molina
Fundador e presidente da Marfrig Global Foods, uma das maiores companhias de proteína animal do mundo, Molina aproveitou a crise no setor após a deflagração da Carne Fraca e acelerou o processo de expansão da empresa. Isso porque o grupo, com receita de R$ 19 bilhões em 2016, reabriu cinco frigoríficos no País este ano e poderá duplicar o abate para 300 mil bovinos por mês.
Reginaldo Morikawa
Homem forte da brasileira Korin, Reginaldo Morikawa, diretor da empresa criada em 1994 e controlada pela Igreja Messiânica Mundial, é um dos mentores do plano de internacionalização da companhia. O primeiro embarque de frango orgânico foi no ano passado, para Hong Kong. Neste ano, o produto chegou aos Emirados Árabes e já há interesse de países europeus e asiáticos. A Korin produz frango livre de antibiótico, hortifrútis, carne bovina e ovos orgânicos. Em 2017, a receita deve ser de R$ 154 milhões, ante R$ 134 milhões em 2016.
Rubens Catenacci
A pecuária de Mato Grosso do Sul deve muito ao produtor Rubens Catenacci. Ele tem se tornado uma espécie de embaixador da ideia do conceito de bezerro de qualidade. Não por acaso, em 2017 ele recebeu da Assembleia Legislativa do Estado o título de Embaixador da Carne. Hoje, sua propriedade, a Fazenda 3R, em Figueirão (MS), serve à Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, para o Programa Carne de Zebu, em busca de um produto premium.
Maria Stella Eugênio Damha
A participação de mulheres no campo não se restringe a uma questão de gênero, mas de poder. A economista Maria Stella Eugênio Damha é um exemplo. As fazendas do Grupo Encalso Dahma é apenas parte de seu trabalho. São 75 mil hectares em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, destinados à pecuária, com 30 mil animais, mais agricultura. Além disso, ela também é a presidente da Câmara Consultiva de Boi Gordo da B3 (ex BM&F Bovespa e Cetip).
Em 2017, para a maior parte das lideranças, o grande desafio foi apostar em novos projetos
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