09/06/2021 - 9:56
A CPI da Covid abriu pouco depois das 9h30 desta quarta-feira, 9, a sessão em que irá ouvir o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, número 2 do ex-ministro Eduardo Pazuello. Elcio estava no cargo durante a crise de oxigênio em Manaus, e também quando a pasta deixou propostas da Pfizer sobre compra de vacinas sem resposta, além de ser um dos envolvidos no episódio em que a aquisição da Coronavac foi paralisada após o presidente Jair Bolsonaro declarar que o imunizante não seria incorporado ao Plano Nacional de Imunização (PNI).
Pazuello disse à comissão que a declaração de Bolsonaro não havia interferido nas conversas com o Butantan. No entanto, em depoimento à CPI, o diretor do instituto, Dimas Covas, afirmou que após a fala do presidente as negociações sobre a compra da vacina produzida em parceria com a Sinovac travaram por meses. Durante a oitiva de Covas, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), lembrou que, logo após a ordem de Bolsonaro, Elcio Franco declarou que não havia intenção do ministério de comprar a vacina chinesa, uma referência à Coronavac.
Outro ponto que Franco deve ser questionado é sobre a data na qual o Ministério da Saúde ficou sabendo do problema de abastecimento de oxigênio em Manaus.
Antes do depoimento, os senadores irão votar requerimentos de informação, convocação de novos depoentes e quebras de sigilo telefônico e telemático, entre eles do servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) que produziu um documento sobre mortes na pandemia do novo coronavírus.