09/12/2022 - 14:12
São Paulo, 9 – A hEDGEpoint divulgou relatório com estimativa sobre a produção brasileira de café 2023/24, que será colhida a partir de maio do ano que vem. A produção de arábica foi projetada com um intervalo entre 44,4 milhões de sacas e 46,4 milhões de sacas, e um ponto médio em 45,4 milhões de sacas.
Para o conilon (robusta), a projeção mostra um intervalo entre 20,5 milhões de sacas e 22,5 milhões de sacas, com um ponto médio de 21,5 milhões de sacas. O total estimado de 66,9 milhões de sacas em 2023/24 corresponde a um aumento de 13,4% em comparação com o projetado para o período anterior 2022/23 (59 milhões de sacas), mas 8% abaixo do recorde de 2020/21 (72,6 milhões de sacas).
Segundo a hEDGEpoint, para o arábica, “ainda que os números mostrem uma recuperação em relação a 2022/23, a safra não é tão grande quanto se esperava inicialmente. Enquanto muitas áreas estão produzindo novamente após poda, e a ocorrência de duas safras menores tenha gerado menos estresse produtivo, a recuperação do clima não foi suficiente para desencadear uma safra recorde”.
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Para o conilon, “a produção deve cair no Espírito Santo (maior produtor nacional), pois o Estado mostra – a exemplo do que aconteceu com o arábica em 2022/23 – que nem sempre uma florada excelente significa produtividade excelente, pois as flores secaram em diversas regiões, em vez de continuar o desenvolvimento em chumbinhos”.
Considerando o ponto médio tanto para o arábica quanto para o conilon, e os demais países seguindo sua tendência de produção de 20 anos, “esperamos atualmente um pequeno superávit em 2023/24, em 3,74 milhões de sacas”, disse a empresa.
O superávit também eleva ligeiramente a relação estoque/uso total em 2023/24, após dois anos de resultados fracos. “Apesar da recuperação da produção, a medida não deve aumentar como no passado por causa dos baixos estoques nas origens”, ponderou.
Enquanto os destinos continuam relativamente bem abastecidos, as origens viram um esgotamento dos estoques, com impacto na métrica global. “O pico aconteceu logo após a safra recorde brasileira em 2020/21, sem recuperação após problemas climáticos nas principais origens, explicou a hEDGEpoint. Para o restante do ciclo 2022/23, “esperamos que os estoques continuem em tendência de queda, refletindo o déficit de 2,17 milhões de sacas”, acrescentou.
A empresa disse, ainda, que, no final de novembro, os preços do café foram prejudicados por fatores macroeconômicos, nomeadamente, as novas medidas contra a covid-19 na China. “Embora o país não seja uma das principais regiões consumidoras de café, as restrições à mobilidade chinesa podem ter um efeito cascata na economia global” concluiu.