A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 171,056 bilhões em março. O resultado representa uma queda real (descontada a inflação) de 0,42% na comparação com março do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 164,147 bilhões, em termos nominais.

O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de março desde 2022, quando somou R$ 171,781 bilhões, em valores corrigidos pelo IPCA . Em relação a fevereiro deste ano, houve alta real de 6,83%.

O resultado das receitas veio abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, calculada em R$ 172,368 bilhões, em pesquisa Projeções Broadcast. O intervalo ia de R$ 151,07 bilhões a R$ 183,5 bilhões.

O Fisco apontou que em março houve uma queda real de 5,87% nos recolhimentos de IRPJ e da CSLL em razão, principalmente, do desempenho das empresas que recolhem por estimativa mensal.

Por outro lado, houve um crescimento real de 6,03% na arrecadação da contribuição previdenciária, em razão do crescimento da massa salarial.

Acumulado do ano

No acumulado do ano até março, a arrecadação federal somou R$ 581,795 bilhões, o maior volume para o período da série histórica iniciada em 1995.

O montante ainda representa um avanço real de 0,72% na comparação com os primeiros três meses de 2022.

Desonerações

As desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 37,293 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor maior do que em igual período de 2022, quando ficaram em R$ 19,283 bilhões.

Apenas no mês passado, as desonerações totalizaram R$ 12,389 bilhões, quase o dobro do registrado em março do ano passado (R$ 6,434 bilhões).