22/03/2024 - 7:30
Brasília, 22 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira, 21, na Granja do Torto, cerca de 60 representantes dos setores de fruticultura e de sucos para um churrasco. O petista busca se aproximar do agronegócio, que na campanha eleitoral de 2022 esteve mais próximo de Jair Bolsonaro (PL).
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Rui Costa (Casa Civil) também participaram do encontro.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, disse que o evento foi tranquilo e descontraído. “As demandas são, cada vez mais, abrir mercados. Depois, temos um problema fitossanitário, que é a mosca da fruta”, afirmou. Coelho também falou sobre a possibilidade de liberação de beneficiários do Bolsa Família para trabalhar com carteira assinada temporariamente em períodos de safra.
O líder do setor afirmou que o presidente ouviu as demandas com atenção e mencionou obras de seus mandatos anteriores que facilitam a atividade atualmente. Questionado sobre a preferência política do agronegócio, Coelho preferiu se esquivar. “Eu não mexo muito com esse negócio de Bolsonaro e Lula. Mexo com fruticultura.”
Outras demandas também foram apresentadas, inclusive na área tributária, como a inclusão dos sucos naturais na lista de isenções da cesta básica.
O diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, disse que ficou satisfeito com o encontro. “Existem todas as pontes possíveis com esse governo”, afirmou.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que Lula “se comprometeu pessoalmente” a articular uma ação com outros países da América do Sul contra a mosca da carambola. “O presidente não sentou um minuto”, afirmou Fávaro. Lula circulou entre grupos de convidados enquanto comia pequenas porções de carne.
Antes do início do evento, Fávaro disse que outros encontros com representantes do agronegócio ocorrerão a cada 15 ou 30 dias. Na lista estão produtores de café, algodão, floresta plantada e bioinsumos.