Os contratos futuros da soja dos Estados Unidos atingiram o maior nível em dois meses na sexta-feira, 27 e os contratos futuros do farelo de soja subiram devido às preocupações com os danos às plantações e à infraestrutura na região da Costa do Golfo, após a passagem do furacão Helene, bem como à cobertura de posições vendidas antes dos principais relatórios de safra a serem divulgados na segunda-feira, 30, disseram analistas.

Os contratos futuros do milho acompanharam a alta da soja, enquanto os contratos futuros do trigo terminaram em baixa, ancorados pela persistente concorrência de exportação dos fornecedores do Mar Negro.

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A soja de novembro da bolsa de Chicago subiu US$ 0,2475, ou 2,4%, para US$ 10,6575 por bushel, depois de atingir US$ 10,6950 por bushel, o maior patamar do contrato desde 26 de julho. Os futuros do farelo de soja da CBOT para outubro saltaram 6%, com investidores saindo de posições antes do primeiro dia de notificação do contrato na segunda-feira.

Os futuros do milho terminaram em alta de US$ 0,475, para US$ 4,18 o bushel, enquanto o trigo da CBOT terminou em baixa de 4,25 centavos, para 5,80 dólares o bushel.

Problemas climáticos

A soja subiu no meio da sessão, impulsionada em parte por preocupações relacionadas a tempestades. O Helene trouxe inundações com risco de morte para os Estados da Carolina do Norte e do Sul, depois de causar destruição generalizada como um grande furacão que passou pela Flórida e Geórgia durante a noite.

“Há um pouco de preocupação com alguns danos à infraestrutura ao longo da Costa do Golfo”, disse Terry Reilly, estrategista agrícola sênior da Marex. “O posicionamento no final do mês e no final do trimestre está aumentando a força, com algumas posições vendidas saindo do mercado”, disse Reilly.

Espera-se que as chuvas generalizadas causadas pela tempestade desacelerem a colheita de soja e milho no extremo sul do Meio-Oeste e no extremo norte do Delta norte-americanos nos próximos dias, disse a empresa de tecnologia espacial Maxar em uma nota meteorológica diária. No entanto, em outras partes da região do Cinturão do Milho, operadores esperam um fim de semana de colheita movimentado.